O relevo deve ser entendido como as formas adquiridas pela crosta terrestre. Essas formas são montanhas, planaltos, planícies e depressões, classificadas por suas estruturas (formatos) e pelas altitudes que apresentam, ou seja, suas alturas em relação ao nível do mar.
Essas formas estão em constantes transformações devido aos agentes modeladores, ou seja, às forças que atuam diretamente no desenho das formas, reconfigurando-as a todo momento. Agentes como o vento, a água, o tectonismo, o vulcanismo e os seres biológicos são os responsáveis por essas transformações.
No Brasil existem apenas três formas de relevo: planaltos, planícies e depressões. Não há aqui formações montanhosas, pois elas estão ligadas à atividade tectônica de placas, e como o Brasil está no centro da Placa Sul-Americana, não apresenta dinâmicas fortes capazes de formar montanhas.
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A superfície terrestre, também conhecida como crosta terrestre, é bem dinâmica e apresenta quatro tipos de relevo: montanhas, planaltos, planícies e depressões. Cada uma dessas estruturas apresenta formatos distintos, capazes de ser classificados por seu desenho na natureza e sua altitude. As formas de relevo são:
São formas de relevo de maior altitude (acima de 3000 metros) resultantes das atividades das placas tectônicas. O choque das placas tectônicas faz com que o relevo suba, dando origem às montanhas. Uma cadeia de montanhas recebe o nome de cordilheiras, como exemplo temos a Cordilheira dos Andes, na América do Sul. Existem montanhas jovens (formadas pelo tectonismo) e velhas (formadas em áreas mais remotas), que apresentam altitudes mais modestas.
Exemplos: Cordilheira dos Andes, Cordilheira do Himalaia e Alpes Suíços.
São formações terrestres mais antigas e com altitude mais moderada, têm sua formação ligada aos processos erosivos e agentes externos da Terra, como chuva, vento e água. Como exemplos temos serras, morros e chapadas.
As áreas de planícies apresentam estruturas pouco acidentadas, ou seja, com relevo mais plano. Podem apresentar-se na natureza de três formas: costeira, lacustre e fluvial.
As depressões são formas de relevo de altitude mais baixa do que os terrenos a sua volta. Elas podem ser classificadas de duas formas: relativas e absolutas.
Os agentes do relevo são assim chamados por serem forças atuantes no processo de modificação das formas dessas estruturas, eles podem ser classificados de duas maneiras: internos ou externos.
Os agentes internos ou endógenos são formas que atuam do interior da Terra para fora. São exemplos das forças endógenas as placas tectônicas, que, ao moverem-se, causam terremotos ou atividade vulcânica, os dois processos são capazes de atuar nas estruturas do relevo, mudando-as ou modificando-as.
Já os agentes externos ou exógenos são processos que agem na parte externa da Terra, de fora, modificando o relevo. Eles causam o que chamamos de intemperismo, ou seja, a erosão da forma, modificando-a ou mudando sua estrutura. São exemplos dessas forças: vento, Sol, água e agentes biológicos.
As condições climáticas do lugar provocam a ação de um agente mais do que de outro. Por exemplo, em um clima desértico, a temperatura e o vento tendem a ser mais atuantes que a água, já em locais de clima mais úmido, a ação da água pode promover maior intemperismo químico, podendo causar a quebra de uma rocha ou promover o surgimento de uma erosão em um rio.
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O Brasil é um país que possui três grandes unidades de relevo: planaltos, planícies e depressões. Por encontrar-se no centro de uma placa tectônica (Placa Sul-Americana), nosso território não apresenta formação de montanhas.
Os planaltos abrangem a maior parte do nosso território, somando-se 11 unidades de relevo. Essas estruturas sofrem muitos desgastes de agentes externos. Os mais extensos planaltos brasileiros são os planaltos e chapadas das Bacia do Paraná, planaltos e chapadas da Bacia do Parnaíba, e planaltos e serras do Atlântico Leste-Sudeste.
Todas as depressões brasileiras são relativas, ou seja, encontram-se acima do nível do mar, temos um total de 11 unidades de planícies. Formadas pelo desgastes de áreas de planaltos, as principais depressões do Brasil são as depressões amazônicas, sertanejas e a periférica sul-rio-grandense. Esses terrenos não ultrapassam os 200 metros de altitude. Somente a depressão periférica borda leste da Bacia do Paraná é que alcança maior altitude.
Já as planícies, terrenos mais planos e menos acidentados, são resultados de deposição de sedimentos de origem pluvial, lacustre ou marinha. O Brasil conta com seis unidades de planícies, sendo a planície e tabuleiros litorâneos e a planície do Rio Amazonas as duas maiores em extensão territorial presentes.
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Questão 1 - O relevo é constituído por quatro formas: montanhas, planaltos, planícies e depressões. Vários estudiosos brasileiros classificaram as estruturas de relevo e consideram, em consenso, que no Brasil não existe uma dessas formas. À qual forma do relevo o enunciado refere-se?
a) Planaltos
b) Montanhas
c) Planícies
d) Depressões
Resolução
Alternativa B. Segundo a Classificação do Relevo Brasileiro, por Ross, Ab’Saber e Azevedo, o Brasil não possui Montanhas em sua macroestrutura.
Questão 2 - Entre as alternativas seguintes, são considerados agentes exógenos, exceto:
a) Vento
b) Água
c) Tectonismo
d) Temperatura
Resolução
Alternativa C. Agentes externos ou exógenos são forças que atuam de fora para dentro na transformação do relevo: vento, água, Sol (temperatura), agentes biológicos. Apenas a alternativa C refere-se a uma força interna da Terra, portanto, ela está errada.