Furacão é um ciclone tropical que se forma sobre águas oceânicas com temperatura superior a 27º C. Seus ventos com velocidade maior do que 119 km/h têm alto potencial destrutivo.
Furacão é um tipo de ciclone tropical que se forma sobre as águas aquecidas do Atlântico Norte e do Pacífico Leste e que é caracterizado por ventos que se movem em velocidade superior a 119 km/h em torno de um centro de baixa pressão atmosférica. Para que um furacão se forme, é preciso que a superfície oceânica tenha temperatura superior a 27º C. Os furacões provocam fortes tempestades por onde passam, podendo deixar um grande rastro de destruição.
No Brasil, a temperatura do Atlântico Sul, que é o oceano que banha a costa brasileira, é um dos principais fatores que explicam o porquê de os furacões serem muito raros de acontecer. Houve um único registro no país, que foi o do Furacão Catarina em 2004. Contudo, por ele ter se formado fora da Zona Intertropical, a sua classificação como furacão é contestada.
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O furacão é um tipo de ciclone tropical que se origina sobre as águas dos oceanos na Zona Intertropical do planeta Terra e que é composto por ventos que se movimentam em alta velocidade em torno de um centro de baixa pressão atmosférica. Mais precisamente, os furacões acontecem no Atlântico Norte e no Pacífico Leste. Esse é um fenômeno natural que é marcado por fortes tempestades e por alterações bruscas nas condições de tempo atmosférico. Os furacões têm elevado potencial de destruição, já que produzem ventos que se deslocam a mais de 119 km/h.
Os furacões são um tipo de ciclone tropical, ou tempestade tropical, que se desenvolve exclusivamente sobre a superfície dos oceanos em torno de um centro de baixa pressão atmosférica, que é onde ocorre a convergência e a ascensão de ar quente e úmido. Com isso, são formadas grandes nuvens de tempestade responsáveis pelo mau tempo típico da passagem de um furacão e causadoras de chuvas pesadas, de descargas elétricas e de trovões. As tempestades podem ser acompanhadas de inundações e de danos severos às redes de infraestrutura.
A condensação do vapor d’água que estava presente no ar úmido acaba liberando calor latente na atmosfera, intensificando a baixa pressão local. Esse é o mecanismo que faz com que os ventos ganhem força, causando a continuidade da ascensão de ar úmido. Tem-se, assim, um sistema atmosférico de tempestades. Seu diâmetro é superior a 200 quilômetros, havendo, inclusive, furacões com mais de 1.000 quilômetros de diâmetro total.
O centro de um furacão é chamado de olho e pode ter entre 32 e 64 quilômetros de diâmetro. Ele é caracterizado pela ausência completa de nuvens e por uma suposta calmaria resultante da estagnação dos ventos. Por isso, quando uma área é atingida por uma forte tempestade tropical seguida da estabilização abrupta do tempo atmosférico, recomenda-se cautela e reforço de medidas de proteção, já que o furacão continua em movimento e novas tempestades certamente atingirão o local. Observe atentamente a imagem abaixo, que mostra a estrutura de um furacão vista de cima. Nela, é possível identificar a região descrita.
Em função da rotação do planeta Terra, o movimento do ar em um ciclone tropical acontece não somente verticalmente (subida e descida), mas também horizontalmente: eles giram enquanto deslocam pela superfície terrestre, fazendo com que todo o furacão gire em conjunto. Por isso, quando observados por capturas de satélite, os furacões aparecem como uma enorme célula de nuvens movendo-se horizontalmente e realizando movimento giratório. O sentido em que acontece esse movimento do ar é diferente em cada um dos hemisférios:
Apesar disso, uma coisa é certa: a velocidade dos ventos de uma tempestade tropical sempre será superior a 119 km/h. Aliás, esse é um dos critérios usados para a sua classificação. Considerando todos os tipos de fenômenos atmosféricos, os furacões são os mais intensos e os que podem causar enorme destruição nas áreas por onde passam. Existe, inclusive, uma escala para medir o potencial de desastre de um ciclone tropical com base na velocidade dos ventos. Ela é chamada escala de Saffir-Simpson e divide os furacões em cinco diferentes categorias. Entenda:
Escala de Saffir-Simpson |
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Categoria do furacão |
Velocidade dos ventos |
Descrição |
1 |
119 a 153 km/h |
Ventos perigosos que podem danificar telhados de construções e derrubar árvores e fiação elétrica, causando interrupção no fornecimento de energia. |
2 |
154 a 177 km/h |
Ventos muito perigosos que podem causar danos em telhados e na estrutura lateral. Árvores podem ser arrancadas pela raiz. Há queda de postes e falta de energia por períodos prolongados, podendo durar dias. |
3 |
178 a 208 km/h |
Ventos com potencial de devastação alto, causando a remoção de telhados de construções e severos danos à sua estrutura. Estradas podem ser bloqueadas pela queda de árvores e da estrutura elétrica, e a interrupção nos serviços pode prolongar-se por semanas. |
4 |
209 a 251 km/h |
Ventos catastróficos que podem causar danos muito severos a construções, incluindo a queda de suas paredes. O prejuízo à rede de serviços é tanta que cidades e regiões inteiras podem permanecer isoladas sem acesso à energia por semanas ou meses. |
5 |
252 km/h ou mais |
Ventos catastróficos com capacidade para derrubar todas as construções das áreas atingidas, tornando-a inabitável por longos períodos que variam de semanas a meses. |
Os furacões são causados pela presença de um centro de baixa pressão sobre as águas dos oceanos. Contudo, eles não se formam em qualquer tipo de superfície. A formação dos furacões acontece sobre águas com temperatura igual ou superior a 27º C em áreas mais afastadas da Linha do Equador. É nelas em que se observa, em maior grau, o que chamamos de cisalhamento do vento, que consiste na mudança de direção e de velocidade das correntes de ar.
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Não tem furacão no Brasil porque as águas do Oceano Atlântico que banham a costa do país não apresentam temperatura elevada de 27º C ou mais, que é uma das causas desse tipo de fenômeno atmosférico. Outro aspecto que torna difícil a ocorrência de furacões no Brasil é a localização do território, que é atravessado pela Linha do Equador. Nas regiões equatorianas, os efeitos da rotação do planeta Terra são menos intensos, dificultando a formação desse tipo de sistema atmosférico.
O Brasil registrou somente um furacão em sua história: o Furacão Catarina. Os ventos do Catarina atingiram velocidade de 180 km/h e afetaram cidades nos estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, ambos na região Sul do país. Na ocasião, mais de 26 mil pessoas ficaram desalojadas ou desabrigadas. Por ter se originado fora da Zona Intertropical, há quem prefira a nomenclatura ciclone extratropical. Nesse caso, analisando somente a sua classificação, ele não seria um furacão.
Podemos afirmar, então, que os furacões são raros no Brasil. Isso significa que as chances de que uma ocorrência como a do Furacão Catarina aconteça novamente são baixíssimas, mas não inexistentes.
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Os conceitos de furacão, de tornado, de ciclone e de tufão podem causar bastante confusão entre os estudantes e por um bom motivo: alguns deles descrevem o mesmo fenômeno, enquanto outros apresentam aspectos semelhantes, mas são fenômenos diferentes. Vamos entender melhor e sanar de uma vez por toda essas dúvidas:
Fontes
CPTEC. Princípios de Meteorologia e Meio Ambiente. Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos – CPTEC, [s.d.]. Disponível em: https://www.cptec.inpe.br/glossario.shtml#19.
ILHÉU, Thaís. Furacão no Brasil? Relembre o único que já passou por aqui e saiba por que são raros. Guia do Estudante, 10 out. 2024. Disponível em: https://guiadoestudante.abril.com.br/atualidades/furacao-no-brasil-relembre-o-unico-que-ja-passou-por-aqui-e-saiba-por-que-sao-raros/
NOAA. Saffir-Simpson Hurricane Scale. National Weather Service; NOAA, [s.d.]. Disponível em: https://www.weather.gov/mfl/saffirsimpson.
NOAA. Tropical Cyclone Structure. National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA), 8 set. 2023. Disponível em: https://www.noaa.gov/jetstream/tropical/tropical-cyclone-introduction/tropical-cyclone-structure.