Domínios morfoclimáticos são unidades paisagísticas que reúnem áreas de um mesmo território com aspectos naturais em comum, como: clima, relevo, solo, vegetação e hidrografia.
Domínios morfoclimáticos são unidades paisagísticas que integram áreas de um mesmo território com características naturais em comum, dentre as quais se destacam: clima, relevo, vegetação, solo e rede hidrográfica. Os domínios morfoclimáticos e fitogeográficos brasileiros foram determinados pelo geógrafo e professor Aziz Ab’Sáber, que identificou seis diferentes unidades no país. São eles:
Domínio Morfoclimático da Caatinga;
Domínio Morfoclimático do Cerrado;
Domínio Morfoclimático dos Mares de Morros;
Domínio Morfoclimático das Araucárias;
Domínio Morfoclimático das Pradarias.
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Domínios morfoclimáticos são unidades paisagísticas do território brasileiro definidas de acordo com características naturais em comum.
Os aspectos considerados para a delimitação de um domínio morfoclimático são: relevo, vegetação, clima, solo e hidrografia.
Os domínios morfoclimáticos brasileiros foram definidos pelo geógrafo Aziz Ab’Sáber na década de 1970 e totalizam seis unidades. São eles:
Domínio Morfoclimático Amazônico;
Domínio Morfoclimático da Caatinga;
Domínio Morfoclimático do Cerrado;
Domínio Morfoclimático dos Mares de Morros;
Domínio Morfoclimático das Araucárias;
Domínio Morfoclimático das Pradarias.
Entre os domínios morfoclimáticos, existem faixas de transição que apresentam características de duas ou mais unidades paisagísticas.
As faixas de transição observadas no território brasileiro são:
Mata dos Cocais;
Agreste;
Pantanal.
Os domínios morfoclimáticos são importantes para a compreensão da interação entre os elementos da natureza na formação de paisagens complexas e distintas.
Domínios morfoclimáticos são unidades paisagísticas delimitadas no território brasileiro com base em características naturais em comum. Os domínios morfoclimáticos podem ser compreendidos como uma região natural que apresenta centenas de milhares de quilômetros de extensão e que reúne duas ou mais áreas do país que apresentam paisagens e processos naturais semelhantes. Por conta disso, eles são chamados também de domínios paisagísticos.
A classificação dos domínios morfoclimáticos do Brasil foi feita pelo geógrafo e professor Aziz Ab’Sáber (1924-2012), que apresentou a definição desse tipo de unidade paisagística na década de 1970.
Os critérios utilizados para a delimitação dos domínios morfoclimáticos e fitogeográficos brasileiros, como chamados por Ab’Sáber, foram os seguintes:
hidrologia.
Domínio morfoclimático |
Bioma |
Unidades paisagísticas delimitadas com base em aspectos naturais em comum. Os aspectos considerados para a determinação de um domínio morfoclimático são: relevo, vegetação, clima, solo e o conjunto de corpos hídricos presente nas localidades consideradas. |
Unidades biológicas delimitadas com base nas formas de vida presentes em uma área. Os aspectos considerados para a determinação de um bioma são a vegetação em conjunto com a fauna e a flora. O clima e o tipo de solo estão diretamente relacionados com esses aspectos. |
As paisagens e as regiões naturais não apresentam fronteiras bem delimitadas que indicam onde elas começam e onde elas terminam justamente por se tratar de elementos da natureza que se distribuem pela superfície terrestre sem a interferência dos seres humanos. Esse é o caso dos domínios morfoclimáticos. Ao invés de uma linha reta que demarca cada um deles, existem faixas de transição que indicam a passagem de uma unidade paisagística para a outra.
As faixas de transição se formam entre dois ou mais domínios morfoclimáticos. Elas apresentam características mistas que podem ser observadas nas unidades entre as quais elas se localizam. Entre os domínios morfoclimáticos brasileiros, existem as seguintes faixas de transição:
Mata dos Cocais, que fica entre os domínios Amazônico, do Cerrado e da Caatinga. Para saber mais, clique aqui.
Agreste, que fica entre os domínios da Caatinga e dos Mares de Morros.
Pantanal, que fica entre os domínios do Cerrado e Amazônico, no Brasil, e o Chaco, em território estrangeiro vizinho. Para saber mais, clique aqui.
Ao estudar as paisagens naturais que compõem o território brasileiro, Ab’Sáber identificou seis diferentes domínios morfoclimáticos. Conheça cada um deles a seguir.
Vegetação e solo: a cobertura vegetal desse domínio é caracterizada pela floresta Amazônica, a maior e mais biodiversa do mundo. Apesar de sustentar uma área de vegetação densa, o solo da Amazônia apresenta baixa fertilidade e textura arenosa. O que garante o desenvolvimento da floresta, nesse caso, é a camada de material orgânico que se forma sobre o substrato.
Hidrografia: as bacias hidrográficas Amazônica e do Tocantins-Araguaia caracterizam a rede hidrográfica desse domínio paisagístico. Elas agrupam rios perenes de grande amplitude e vazão, com destaque para o rio Amazonas, além de abrigarem extensos reservatórios de água subterrânea, como o aquífero Alter do Chão.
Clima: o clima desse domínio é o semiárido, que tem como principais características as temperaturas elevadas e os longos períodos de estiagem. Áreas de clima semiárido têm média de 27 ºC anual, enquanto podem ficar até seis meses sem chuvas. Quando a precipitação acontece, ela ocorre em um curto período. O volume anual de chuvas fica entre 250-750 mm.
Relevo: as formas observadas no domínio da Caatinga sofreram a ação intensa dos agentes erosivos, sobretudo dos ventos. Por isso, seu relevo é marcado pelas depressões Sertaneja e do São Francisco.
Vegetação e solo: a Caatinga tem solos arenosos e argilosos que apresentam variados níveis de fertilidade e estrutura física. Eles sustentam uma vegetação típica de savana, com árvores de pequeno e médio porte, plantas arbustivas e herbáceas, todas adaptadas para longos períodos sem chuva e para o calor intenso.
Hidrografia: por causa do clima desse domínio, sua rede de drenagem é formada por muitos rios intermitentes, como o rio Jaguaribe. O principal rio perene local é o São Francisco. A rede de drenagem do domínio da Caatinga se distribui pelas bacias hidrográficas do Parnaíba, do São Francisco, do Atlântico Nordeste Oriental e do Atlântico Leste.
Clima: o clima dessa unidade é o tropical típico. Sua principal característica é a presença de duas estações do ano bem delimitadas: o verão quente e úmido e o inverno frio e seco. As temperaturas médias variam entre 18 ºC e 25 ºC, podendo atingir 30 ºC, e volume pluviométrico anual de 1500 mm em média.
Relevo: os planaltos e as chapadas são as formas de relevo características desse domínio morfoclimático, juntamente das depressões, presentes em menor extensão.
Vegetação e solo: o Cerrado integra, também, a chamada savana brasileira. Por causa do seu clima, possui vegetação formada por matas com árvores de pequeno e médio porte, campos abertos de gramíneas e plantas arbustivas. Os troncos das árvores têm adaptação a fenômenos como o fogo, comum no período seco. Os solos do Cerrado têm baixa fertilidade química, além de apresentarem certo teor de acidez.
Hidrografia: esse domínio abrange várias bacias hidrográficas brasileiras, sendo de extrema importância para elas. Isso porque ficam no Cerrado as nascentes de rios como Tocantins, Araguaia, São Francisco, Paraná e Parnaíba, essenciais para a drenagem do território brasileiro.
Os domínios morfoclimáticos têm importância para o entendimento da interação entre os diferentes elementos da natureza que resultam em paisagens distintas e complexas. Cada domínio morfoclimático resguarda uma parcela importante da biodiversidade e dos recursos naturais de um território, o que o torna indispensável para o equilíbrio do meio ambiente e para a manutenção das formas de vida que nele habitam.
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Questão 1
(Unioeste) Os domínios morfoclimáticos, conforme mapa abaixo, são regiões delimitadas considerando as relações entre os diferentes elementos que compõe a paisagem, como o relevo, o clima, o solo e a vegetação.
Sobre os domínios morfoclimáticos, assinale a alternativa CORRETA.
a) O domínio das Araucárias mantém-se preservado, e as áreas de florestas estão sobre o relevo denominado de mares de morros.
b) O domínio da Caatinga caracteriza-se pela presença de rios perenes, caudalosos e com lençol freático superficial. Essa configuração permite que a região seja uma das maiores produtoras de grãos do Brasil.
c) O domínio das Pradarias encontra-se preservado devido à dificuldade das práticas agrícolas. Houve a tentativa de implantar a rizicultura e a silvicultura, mas tais projetos não avançaram.
d) O domínio do Cerrado tem sofrido alterações a partir da intervenção humana, principalmente para a exploração agrícola com o cultivo de grãos.
e) O domínio morfoclimático Amazônico localiza-se em uma faixa climática subtropical e em altas latitudes.
Resolução: Alternativa D. O domínio do Cerrado, em conjunto com o Amazônico, tem sofrido elevadas taxas de desmatamento e de degradação ambiental devido ao avanço da fronteira agropecuária, com destaque para o cultivo de soja para a exportação.
Questão 2
(Fuvest) Os domínios morfoclimáticos e fitogeográficos propostos pelo geógrafo Aziz Nacib Ab’Sáber nos anos 1960 continuam válidos na atualidade. Representam um mapeamento do território brasileiro, na escala zonal, onde foram identificados seis grandes domínios, além de uma faixa denominada de transição, que sintetizam os elementos do clima, da vegetação, do solo, do relevo e outros atributos presentes na paisagem. Observe as imagens:
As imagens representam aspectos paisagísticos dos tipos climáticos semiárido (1), tropical (2) e subtropical (3), presentes, respectivamente, nos seguintes domínios morfoclimáticos:
a) Caatingas, Cerrado e Araucárias.
b) Pradarias, Caatingas e Amazônico.
c) Cerrado, Caatingas e Pradarias.
d) Mares de Morros, Pradarias e Amazônico.
e) Cerrado, Araucárias e Mares de Morros.
Resolução: Alternativa A. Os climas e as imagens são referentes aos domínios das Caatingas, do Cerrado e das Araucárias respectivamente.
Créditos da imagem
[1] Stephane Lauvaux / Shutterstock
Fontes:
AB’SÁBER, Aziz. Os domínios de natureza no Brasil: Potencialidades paisagísticas. São Paulo: Ateliê Editorial, 2005. 3ª ed. 160p.
LUCCI, Elian Alabi. Território e sociedade no mundo globalizado, 1: ensino médio. São Paulo: Saraiva, 2016, 3ª edição.
MOREIRA, Igor. O espaço geográfico: Geografia geral e do Brasil. São Paulo: Editora Ática, 47ª edição, 3ª reimpressão. 455p.