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Unificação Italiana

Saiba como ocorreu o processo de Unificação Italiana e que importância isso teve para a Península Itália.

Estátua de Giuseppe Garibaldi, italiano envolvido na unificação italiana no século XIX. Estátua de Giuseppe Garibaldi, italiano envolvido na unificação italiana no século XIX.

Em 1815, após o malogro de sua última investida bélica na Batalha de Waterloo, Napoleão Bonaparte deixou de ser imperador da França, definitivamente, sendo exilado na ilha de Santa Helena, ao Sul do Oceano Atlântico. O fim da Era Napoleônica provocou um movimento de retorno das bases do sistema absolutista, que haviam sido desintegradas pelas guerras promovidas por Napoleão. Um dos objetivos do Congresso de Viena (realizado em 1815) foi reconstruir essas bases. Todavia, várias regiões do continente europeu já haviam sido “contaminadas” com os ideais nacionalistas e liberais. A partir da década de 1840, muitas revoltas foram organizadas contra os resquícios de dominação absolutista. A Unificação Italiana esteve entre essas revoltas.

Leia também: Guerra dos Farrapos — revolta separatista que teve como um de seus líderes Giuseppe Garibaldi.

Causas da Unificação Italiana

Até o fim dos anos 1860, a Itália não existia enquanto país. Havia, na Península Itálica, vários reinos isolados, muitos deles vivendo sob a tutela do Império Austríaco (um dos vitoriosos contra Napoleão). A região do Norte da Itália, onde se encontrava o reino do Piemonte, era a mais industrializada e com mais necessidade de expansão. A falta de unidade com os outros territórios italianos era um empecilho para Piemonte. Outro reino que ansiava pela unificação de todo o território italiano era o reino de Sardenha, uma das ilhas vinculadas à Itália.

Como foi o processo da Unificação Italiana?

Em 1847, houve a primeira tentativa, por parte do rei sardenho, Carlos Alberto, de unificar a Itália por meio de uma guerra contra as dominações austríacas. Apesar de não ter tido sucesso, a ação de Carlos Alberto despertou uma série de insurgências nos anos seguintes que culminou no processo de unificação. Um dos fatores cruciais para dar início a esse processo foi a união entre os reinos de Sardenha e Piemonte, em 1849. A chefia do reino sardo-piemontês foi conferida ao filho de Carlos Alberto, Victor Emmanuel II.

Victor Emmanuel II, ao lado do conde de Cavour e dos republicanos Giuseppe Mazzini e Giuseppe Garibaldi, foram as principais personagens da Unificação Italiana. O movimento por eles deflagrado ficou conhecido como “Risorgimento”, isto é, um ressurgimento de uma grande Itália. Garibaldi ficou conhecido por ser o comandante do exército dos “camisas vermelhas”.

Ao longo das décadas de 1850 e 1860, vários conflitos estouraram entre italianos (que passaram a receber o apoio dos franceses) e austríacos. Esses últimos foram definitivamente derrotados quando se envolveram também na guerra contra a Prússia, liderada por Otto von Bismarck, que tentava promover a Unificação da Alemanha. O Estado Nacional Italiano teve sua consolidação praticamente na mesma época em que foi feita a Unificação Alemã, na virada dos anos 1860 para 1870.

Aproveite para conferir a nossa videoaula sobre o assunto:

Por Cláudio Fernandes

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