Pergaminho era um suporte de escrita utilizado em parte da Antiguidade e da Idade Média. Era feito com pele de animais, como de cabras e ovelhas.
O pergaminho é um suporte utilizado para a escrita e foi um dos principais meios para se registrar textos na Antiguidade e na Idade Média. Era produzido com peles de animais, como cabras, vacas, carneiros, entre outros. Acredita-se que tenha surgido no século II a.C., em Pérgamo, cidade grega na Ásia Menor. Ele deixou de ser utilizado apenas devido à popularização do papel.
Leia também: Como é fabricado o papel?
O pergaminho era o suporte utilizado para escrita na Antiguidade e na Idade Média.
Foi o artefato que substituiu o papiro como meio mais utilizado para registros escritos, mas sua popularização demorou alguns séculos para acontecer.
Era conhecido por ser resistente e duradouro e podia ser reutilizado, mas sua produção era demorada.
Foi criado por volta do século II a.C. em Pérgamo, cidade grega da Ásia Menor.
Era produzido com pele de animais como vacas, ovelhas, cabras etc.
Os pergaminhos que eram reutilizados eram conhecidos como palimpsestos.
Pergaminho é o material que era utilizado em parte da Antiguidade e na Idade Média para registrar textos. Esse material era produzido por meio de um longo processo que utilizava pele de animais como cabras, ovelhas, vacas, entre outros. Esse processo transformava a pele desses animais em um tecido no qual era possível escrever.
O artefato ficou marcado por ser mais resistente e de melhor qualidade que o papiro, além de que os textos escritos nele podiam ser apagados, sendo um material reutilizável. Surgiu no século II a.C., na cidade de Pérgamo, na zona de influência da cultura grega. Foi largamente utilizado até o século XIV e só deixou de ser usado a partir da popularização do papel.
Antes da popularização do pergaminho, o principal suporte para a escrita na Antiguidade era o papiro, feito de uma planta aquática conhecida como Cyperus papyrus. Essa planta era facilmente encontrada no delta do rio Nilo. Enquanto o pergaminho era feito com peles de animais, a produção do papiro era realizada com a utilização das hastes dessa planta aquática.
As hastes eram cortadas em pequenas tiras, que eram colocadas umas ao lado das outras, e depois uma nova camada era colocada em posição cruzada em relação à primeira. O material então passava por um processo de secagem, era polido e recebia uma espécie de verniz. Acredita-se que esse processo de produção do papiro surgiu no próprio Egito.
O artefato acabou sendo popularizado e se espalhou por diversos locais na Antiguidade, embora sua produção se concentrasse no Egito. Estima-se que essa técnica de fabricação tenha surgido por volta de 2600 a.C. O material foi usado até o século XI d.C., mas sua utilização foi reduzida quando surgiu o pergaminho.
O papiro podia ser enrolado, mas sua durabilidade não era muito grande. Além disso, ele só podia ser utilizado uma vez. No entanto, apesar de sua popularidade, não foi o único suporte para escrita utilizado nessa época, visto que eram usadas tábuas de madeira na China e tábuas de argila na Mesopotâmia, por exemplo.
Saiba mais: Alfabeto fenício — o alfabeto que teve grande importância para as civilizações clássicas da Antiguidade
Acredita-se que o pergaminho foi criado no século II a.C. na cidade de Pérgamo, localizada na Ásia Menor. Uma hipótese afirma que o pergaminho foi criado por ordem de Eumenes II, rei de Pérgamo, depois que a região começou a sofrer com a falta de papiro, mas essa teoria não possui fonte confiável que a corrobore.
O que sabemos, portanto, é o local e o período em que o pergaminho surgiu. O nome vem da cidade onde foi criado. Os gregos referiam-se a esse suporte de escrita como pergaméne, e os romanos, como pergamena. O pergaminho era feito por meio de um longo processo de produção que utilizava pele de animais como vacas, cordeiros, ovelhas, cabras etc.
O pergaminho levou um tempo para se popularizar, especialmente devido ao seu longo processo de produção e devido ao seu alto preço, uma vez que o fato de passar por um processo cheio de etapas fazia com que o material custasse caro. Isso contribuía para a reutilização do pergaminho, o que era possível por meio da raspagem de sua superfície, fazendo a tinta desaparecer.
Por volta do período que se estendeu do século I ao século IV, o pergaminho se estabeleceu como principal suporte para escrita. O processo de produção passava por muitas etapas e era realizado da seguinte maneira:
Primeiramente, eram obtidas as peles de animais, como cabra, vaca e ovelha.
Em seguida, as peles eram encharcadas de cal e então lavadas com água e óxido de cálcio com o objetivo de retirar pelos e impurezas.
Depois de escorrerem e passarem por secagem, as peles eram esticadas e posteriormente raspadas até ficarem lisas.
A última etapa consistia em polir a pele por inteiro.
Isso pode parecer simples, mas, na verdade, o processo durava meses, por isso o valor do pergaminho era muito elevado. Ao final do processo, o pergaminho estava pronto e se tornava uma superfície perfeita para a escrita. O material possuía resistência e durabilidade. Os registros no pergaminho eram feitos com pena de ganso que era mergulhada em tinta.
Os pergaminhos que eram reutilizados recebiam o nome de palimpsestos. Muitos deles eram reutilizados diversas vezes. O pergaminho foi muito comum durante a Idade Média, sendo utilizado pela Igreja Católica para realizar inúmeros registros, incluindo a cópia de livros da Antiguidade.
O artefato foi inicialmente armazenado como o papiro, isto é, em pequenos rolos, mas logo os escribas perceberam que era possível dobrar as folhas de pergaminho e costurá-las para formar um caderno na forma de um livro moderno, o códice. O pergaminho, diferentemente do papiro, podia ter as suas duas faces escritas. Por fim, o material começou a perder força a partir do século XIV, principalmente no século XV, quando foi criada a imprensa de Gutenberg.
Crédito de imagem
[1] KIM JIHYUN / Shutterstock