O mercantilismo é uma prática econômica que tem como principais objetivos a acumulação de riquezas, especialmente de metais preciosos, e o fortalecimento do poder do Estado.
O mercantilismo foi uma doutrina econômica predominante na Europa entre os séculos XVI e XVIII que visava à acumulação de riquezas, especialmente metais preciosos, e fortalecimento do poder estatal. Suas principais características são a busca por uma balança comercial favorável, intervenção estatal na economia, colonialismo, protecionismo e ênfase na supremacia nacional.
O mercantilismo passou por duas fases distintas: a comercial, focada na acumulação de metais preciosos, e a industrial, voltada para o desenvolvimento interno e autossuficiência econômica. Diferentes nações adotaram abordagens específicas, como o mercantilismo espanhol, centrado na extração colonial de metais preciosos, e o mercantilismo inglês, caracterizado pelo desenvolvimento industrial e controle marítimo.
No Brasil colonial, o mercantilismo influenciou a exploração de recursos como o pau-brasil, a produção açucareira e a corrida do ouro, perpetuando o monopólio colonial. Globalmente, o mercantilismo estendeu-se às potências coloniais, influenciando o comércio triangular e as relações econômicas entre Europa, África e América.
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O mercantilismo foi uma doutrina econômica que prevaleceu na Europa entre os séculos XVI e XVIII, moldando as políticas econômicas de diversas nações durante esse período. Originado em um contexto de transição da Idade Média para a Idade Moderna, o mercantilismo buscava estabelecer uma base sólida para o poderio econômico e militar dos Estados, enfatizando a acumulação de riquezas, especialmente ouro e prata.
O surgimento do mercantilismo está intrinsecamente ligado às transformações sociais, políticas e econômicas que ocorreram na Europa renascentista. Com o declínio do feudalismo, as cidades começaram a se expandir, surgindo uma nova classe social, a burguesia, que almejava o desenvolvimento do comércio e a acumulação de capital. Nesse contexto, teóricos como Jean Bodin e Thomas Mun começaram a formular as bases do pensamento mercantilista.
De forma geral, as principais características do mercantilismo são:
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O mercantilismo passou por diferentes fases ao longo do tempo, adaptando-se às mudanças nas condições econômicas e políticas. Inicialmente, destacou-se o mercantilismo comercial, concentrado na balança comercial e na acumulação de metais preciosos. Posteriormente, o mercantilismo industrial ganhou destaque, enfatizando o desenvolvimento da produção interna e a busca pela autossuficiência econômica.
De forma geral, pode-se organizar as fases do mercantilismo da seguinte maneira:
Fases do mercantilismo |
Época |
Principais características |
Mercantilismo comercial |
Séculos XVI e XVII |
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Mercantilismo industrial |
Séculos XVII e XVIII |
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Declínio do mercantilismo |
Final do século XVIII |
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Dentro do mercantilismo, é possível identificar diferentes abordagens adotadas por diversas nações europeias.
O Brasil, como colônia portuguesa, foi influenciado pelo mercantilismo europeu. A exploração do pau-brasil, o desenvolvimento da produção açucareira e, posteriormente, a corrida do ouro foram aspectos marcantes dessa influência. O monopólio colonial, que visava garantir o controle sobre as atividades econômicas, era uma prática comum, refletindo a lógica mercantilista.
O mercantilismo estendeu-se para além das fronteiras europeias, influenciando diversas regiões do mundo. As potências coloniais exploraram os recursos das colônias de acordo com os princípios mercantilistas, levando à transferência de riquezas e ao enriquecimento das metrópoles. O comércio triangular, envolvendo Europa, África e América, exemplifica essa dinâmica.
O mercantilismo deixou um legado significativo, moldando as bases do sistema econômico e político de muitas nações. A busca incessante por metais preciosos resultou em conflitos e guerras, como a Guerra dos Trinta Anos, que teve motivações econômicas ligadas aos princípios mercantilistas.
Além disso, as práticas protecionistas e o monopólio colonial tiveram impactos duradouros, criando desigualdades econômicas e sociais. A dependência das colônias, a busca por mercados consumidores e a exploração de recursos naturais foram características que se perpetuaram ao longo dos séculos, influenciando as relações econômicas globais.
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1. Durante o período em que o mercantilismo prevaleceu na Europa, uma das principais características era a busca por uma balança comercial favorável. Considerando esse contexto, qual era o objetivo primário dessa busca?
A) Acumular conhecimento cultural.
B) Promover a igualdade social.
C) Enfatizar a autonomia política.
D) Garantir a supremacia econômica.
E) Preservar valores religiosos.
Resposta Correta: letra D. No contexto do mercantilismo, a busca por uma balança comercial favorável tinha como objetivo garantir a supremacia econômica das nações, acumulando riquezas, especialmente metais preciosos, para fortalecer o poder estatal. Essa prática visava consolidar a posição dominante no cenário internacional.
2. Durante o mercantilismo, diferentes países europeus adotaram abordagens distintas, refletindo suas estratégias econômicas e políticas. Qual das seguintes características é associada ao mercantilismo inglês?
A) Foco na extração de metais preciosos nas colônias.
B) Ênfase no desenvolvimento industrial e comercial.
C) Prática de monopólio colonial sobre recursos naturais.
D) Intervenção estatal na produção agrícola.
E) Busca pela autonomia política nas colônias.
Resposta Correta: letra B. O mercantilismo inglês caracterizou-se pela ênfase no desenvolvimento industrial e controle marítimo. Diferentemente de outras nações, como a Espanha, o foco estava na produção interna e no fortalecimento do comércio, marcando uma abordagem distintiva no cenário mercantilista.
Créditos das imagens
[2] Museu Paulista (USP)/ Wikimedia Commons
Fontes
DEYON, Pierre. O Mercantilismo. Perspectiva: 1973
FALCON, Franciso. Mercantilismo e Transição. São Paulo: Brasiliense, 1981.