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Martin Luther King

Martin Luther King Junior foi um pastor batista e ativista norte-americano que lutou contra a segregação racial em seu país. Ficou conhecido por defender o protesto pacífico.

Ilustração de Martin Luther King Junior com a bandeira dos Estados Unidos ao fundo. Martin Luther King Junior foi um importante líder na luta contra o racismo nos Estados Unidos.

Martin Luther King Junior foi um pastor batista norte-americano que ficou marcado como um dos grandes nomes que atuaram na luta pelos direitos civis dos afro-americanos nas décadas de 1950 e 1960. Ele se posicionou diretamente contra a segregação racial, sendo conhecido como um defensor da desobediência civil.

Martin Luther King atuou no boicote dos ônibus em Montgomery, no Alabama, liderou protestos e realizou inúmeros discursos, sendo que o mais conhecido intitulado Eu Tenho um Sonho, realizado em 1963, na capital norte-americana para cerca de 250 mil pessoas. Foi vítima do preconceito racial e assassinado em 1968.

Leia também: Apartheid — regime de segregação racial que dividiu a África do Sul

Resumo sobre Martin Luther King Junior

  • Martin Luther King foi um pastor batista que lutou contra o racismo nos Estados Unidos.

  • Ele assumiu como pastor na década de 1950, mesmo período em que entrou para o ativismo.

  • Participou do boicote aos ônibus em Montgomery, no Alabama.

  • Era defensor da desobediência civil e de protestos pacíficos.

  • Discursou em um protesto em Washington para 250 mil pessoas.

  • Foi assassinado em um hotel em Memphis, no ano de 1968.

Videoaula sobre Martin Luther King Junior

Biografia de Martin Luther King

Martin Luther King Junior nasceu em Atlanta, Geórgia, no dia 15 de janeiro de 1929. Ele era filho de Martin Luther King Sr., um pastor batista, e de Alberta Williams, professora infantil. Ele foi o segundo de três filhos que o casal teve e cresceu em um lar profundamente religioso.

Originalmente Martin Luther King se chamava Michael King (seu pai também), mas ambos alteraram o nome em 1935 como forma de homenagear o reformador alemão Martinho Lutero. A infância de Martin Luther King foi fortemente marcada pelo profundo preconceito racial que existia no sul dos Estados Unidos.

Apesar disso, ele cresceu em um ambiente de resistência contra o racismo, uma vez que seu pai frequentava instituições voltadas para o combate ao racismo e à segregação racial nos Estados Unidos. O patriarca também era membro da Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor.

Martin Luther King estudou em colégios locais e ingressou em uma universidade para estudantes afro-americanos. Durante a sua juventude, decidiu seguir os exemplos familiares, tornando-se pastor. Ele se graduou em Sociologia pela Morehouse College e fez doutorado em Teologia pela Universidade de Boston, concluindo-o em 1955.

Veja também: Ku Klux Klan — seita que promovia atos de violência contra pessoas negras nos Estados Unidos

Vida religiosa e pessoal de Martin Luther King

Sua ordenação como pastor aconteceu quando ele tinha 25 anos. Ele atuou em uma igreja que se localizava em Montgomery, no Alabama. De sua vida pessoal, o destaque vai para o seu casamento com Coretta Scott, com quem ele teve quatro filhos. Ao longo de sua vida e em relação ao seu casamento, Martin Luther King recebeu algumas críticas:

Ativismo de Martin Luther King

Martin Luther King foi uma figura crucial na luta contra o racismo na história norte-americana. Ele se engajou nessa luta contra a segregação racial, e, assim como seu pai, ingressou na Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor. Na década de 1950, estourou um caso que elevou a pauta racial a um dos assuntos do momento no país.

Em Montgomery, uma mulher negra chamada Rosa Parks recusou-se a ceder o seu lugar para uma pessoa branca dentro de um ônibus municipal. Ela foi presa e o caso gerou grande revolta entre a população afro-americana de Montgomery. Um boicote foi organizado pelos afro-americanos, que se recusaram a usar o serviço de ônibus da cidade. Um dos líderes desse boicote foi Martin Luther King.

Martin Luther King defendia o boicote até que a segregação racial acabasse nos ônibus locais. Esse evento marcou a entrada do pastor no cenário nacional da luta contra o racismo, e ele se popularizou como um defensor da desobediência civil e de protestos pacíficos.

Na década de 1960, King tornou-se uma figura reconhecida nacionalmente nos Estados Unidos na luta contra o racismo, promovendo uma série de protestos pacíficos e realizando discursos que se tornaram muito famosos na história. O principal discurso de Martin Luther King foi realizado em 28 de agosto de 1963, em Washington. Esse discurso do pastor batista foi acompanhado por cerca de 250 mil pessoas.

O engajamento de Martin Luther King na luta contra o racismo rendeu-lhe um Prêmio Nobel da Paz, mas também uma grande perseguição por parte do governo norte-americano, em especial pelo FBI, liderado por J. Edgar Hoover, que promoveu uma campanha de difamação contra o pastor.

Martin Luther King realizou discursos e protestos pacíficos, mobilizando multidões.[1]

Morte de Martin Luther King

A atuação de Martin Luther King foi fundamental na luta contra o racismo, por isso mesmo, despertou ódio em muitas pessoas. Uma delas planejou o assassinato do pastor, que foi atingido por um tiro quando estava em um hotel em Memphis, no Tennessee, no dia 4 de abril de 1968.

Martin Luther King morreu com apenas 39 anos de idade. Seu assassino foi James Earl Ray, que foi preso e confessou o crime, embora, tempos depois, tenha voltado atrás em sua confissão. Ainda assim, as investigações concluíram que ele foi mesmo o assassino do pastor batista.

Importância de Martin Luther King

Martin Luther King se transformou em um dos homens mais importantes do século XX pelo papel que cumpriu na luta contra o racismo nos Estados Unidos e por ser um defensor do pacifismo como caminho de luta. Sua liderança foi fundamental para que a segregação racial perdesse força nos Estados Unidos e abriu caminho para que muitos outros nomes se consolidassem nessa luta.

Legado de Martin Luther King

Em sua trajetória de vida, Martin Luther King deixou um legado de defesa da paz e pelo pacifismo; de luta contra o racismo e a segregação racial; e de desejo de se construir um mundo marcado pelo convívio pacífico e harmonioso na humanidade. Além disso, é visto como um ícone da luta pela dignidade humana e pelo respeito aos Direitos Humanos.

Saiba mais: Como surgiu o Dia da Consciência Negra?

Frases de Martin Luther King

  • “Tenho um sonho de que meus quatro filhos viverão um dia numa nação onde eles não serão julgados pela cor de sua pele, mas pelo conteúdo de seu caráter.”

  • “O que me preocupa não é o grito dos maus, mas o silêncio dos bons.”

  • “A verdadeira medida de um homem não se vê na forma como se comporta em momentos de conforto e conveniência, mas em como se mantém em tempos de controvérsia e desafio.”

  • “A injustiça num lugar qualquer é uma ameaça à justiça em todo lugar.”

Créditos da imagem

[1]Wikimedia Commons

Fontes

CRESPO, I. Martin Luther King, um líder moral ou um adúltero mentiroso. Disponível em: https://brasil.elpais.com/cultura/2020-09-17/martin-luther-king-um-lider-moral-ou-um-adultero-mentiroso.html

KARNAL, L. (org.) História dos Estados Unidos. São Paulo: Contexto, 2018.

MASON, D. L. Biography of the Rev. Dr. Martin Luther King Jr., Civil Rights leader. Disponível em: https://www.thoughtco.com/martin-luther-king-jr-1779880

ROSENBERG, J. The assassination of Martin Luther King Jr. Disponível em: https://www.thoughtco.com/martin-luther-king-jr-assassinated-1778217

Por Daniel Neves Silva

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