Qual matéria está procurando ?

História

História

Espaço urbano no Brasil Colonial

Saiba mais sobre o desenvolvimento do espaço urbano no Brasil Colonial.

Ouro Preto, local de mineração e urbanização no período colonial Ouro Preto, local de mineração e urbanização no período colonial

A formação urbana no Brasil durante o período colonial não foi muito desenvolvida. O interesse português era explorar as riquezas do território, não havendo uma grande preocupação com o povoamento da colônia e a construção de espaços urbanos.

A principal área que foi ocupada pelos portugueses durante o período colonial foi a faixa litorânea. O objetivo era facilitar e acelerar o envio das mercadorias a Portugal para que fossem vendidas no nascente mercado mundial. Por essa razão, poucas cidades surgiram nos primeiros dois séculos de exploração colonial, podendo ser destacadas a capital do governo-geral do Brasil, Salvador, e outras mais ligadas ao escoamento do açúcar produzido nos engenhos, como Olinda, Recife e São Vicente.

Essa situação mostra que a vida social do Brasil Colônia dava-se mais nas grandes fazendas e engenhos, que além de abrigarem a família do senhor e os escravos, tinham em seu redor alguns padres e pessoas livres, mas pobres, que viviam à margem dos engenhos. Havia algumas vilas que serviam de postos administrativos, mas eram pouco habitadas.

Com o desenvolvimento da pecuária e a entrada pelo interior do continente, novas aldeias e vilas foram se formando para poder oferecer pouso, descanso e algum comércio aos tropeiros, condutores das tropas de mulas que transportavam as mercadorias pelo interior do Brasil.

A descoberta de ouro e diamantes em Minas Gerais proporcionou o desenvolvimento da urbanização da região mineradora, no século XVII. Cidades como Vila Rica (atual Ouro Preto), Vila do Carmo (Mariana), Sabará, Caeté, São João Del Rei e inúmeras outras surgiram durante a mineração. A riqueza proporcionada pelos metais e pedras preciosas fez com que a metrópole portuguesa intensificasse a fiscalização dessas cidades com o objetivo de evitar o contrabando.

Uma grande quantidade de pessoas se dirigiu a essa região, tendo como consequência a diversidade populacional e um desenvolvimento de edificações muito bem trabalhadas, das quais podem ser destacadas, além dos casarões, as inúmeras igrejas e suas obras de arte.

Além da vida cultural que existia nessas localidades, a economia mineradora desenvolveu um comércio interno na colônia para suprir as necessidades dos habitantes dessas regiões, estimulando a comunicação entre elas através de estradas e vias.

A riqueza da mineração proporcionou o aumento de importação de mercadorias produzidas na Europa, ampliando a importância dos locais em que havia os portos de desembarque dessas mercadorias. Esse foi o caso da Vila de São Sebastião, do Rio de Janeiro, que, em virtude de sua proximidade com a região mineradora, tornou-se a sede do governo do Estado do Brasil a partir de 1763.

Mas esses eram locais isolados, sendo que não houve uma urbanização generalizada no território colonial português. Mesmo com o advento do Império e com o desenvolvimento econômico das primeiras seis décadas do período republicano, o Brasil seria ainda um país eminentemente rural.


Por Tales Pinto
Graduado em História

Por Escola Kids

Você pode se interessar também

História

Cidadania, cidadãos e cidades

História

Cidades | Ensino Fundamental I

História

Cidades, a ocupação do espaço urbano

Geografia

Condições para a qualidade de vida nas cidades

Últimos artigos

Eva Furnari

Eva Furnari é uma famosa escritora brasileira. Seus livros são divertidos e apresentam personagens mais complexos. O livro Felpo Filva é uma de suas obras mais conhecidas.

Reticências

As reticências são um sinal de pontuação que funciona como uma pequena pausa, usado para criar um efeito especial de hesitação ou de suspense na fala ou na narração.

Brasil Império

O Brasil Império foi o período em que o Brasil foi governado por uma monarquia constitucional. Nesse período, o Brasil teve dois imperadores: Dom Pedro I e Dom Pedro II.

7 Maravilhas do Mundo Antigo

As 7 Maravilhas do Mundo Antigo eram obras arquitetônicas e artísticas extraordinárias que representavam o ápice da engenhosidade e da cultura das civilizações antigas.