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Cotidiano das crianças indígenas

Conheça o cotidiano das crianças indígenas da etnia kuikurus, repleto de banhos nos rios e brincadeiras dentro das matas. Saiba também quais são os castigos dad

Brincadeiras e diversões fazem parte do dia a dia das crianças indígenas Brincadeiras e diversões fazem parte do dia a dia das crianças indígenas

No presente texto analisaremos o cotidiano das crianças indígenas e ressaltaremos, sobretudo, o cotidiano das crianças da aldeia dos Kuikurus, etnia indígena do Alto Xingu, que se encontra nas confluências dos estados do Pará e do Mato Grosso.  

O cotidiano das crianças indígenas kuikurus diverge e muito do dia a dia das crianças que moram nas capitais brasileiras. No entanto, as crianças que vivem em pequenas cidades interioranas e em fazendas possuem atividades rotineiras parecidas com as crianças kuikurus.

As crianças kuikurus têm o costume de passar o dia no rio, onde tomam banho e brincam. Outra brincadeira bastante praticada entre os “pequenos” indígenas é a diversão com o arco e a flecha dentro das matas. Os indígenas adultos produzem arcos e flechas com tamanho reduzido e que não causam risco à vida das crianças. Dessa maneira, as crianças kuikurus vão se acostumando a lidar com essas ferramentas, para que, no momento em que se tornarem adultas, possam praticar a caça, principal fonte de alimentação dos povos indígenas.

Da mesma forma que acontece com as crianças da cidade, isto é, com as crianças não índias, que desobedecem a seus pais ou responsáveis, as crianças indígenas desobedientes também ficam de castigo, geralmente estipulado pelos pais.

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Alguns índios adultos kuikuru castigam seus filhos desobedientes com uma espécie de pente (de pentear os cabelos) feito com dentes de macaco – os indígenas chamam esse objeto de “arranhador”. Os adultos utilizam esse objeto no corpo das crianças, ou seja, passam o arranhador nos seus braços e corpos, que sofrem bastante com esse castigo.

Além de ser uma prática punitiva, o arranhador dos kuikurus era bastante utilizado, segundo a tradição dessa etnia, como forma de fortalecer o sangue da criança. Porém, mesmo com a prática de arranhar as crianças, nenhum adulto kuikuru bate nas suas crianças. Segundo a tradição, o costume da aldeia não é bater, pois esses indígenas acreditam que a mãe que bate no filho não será cuidada por ele, quando este crescer.

Esse fato (de o filho abandonar os pais, por apanhar deles) é uma questão levada a sério pela etnia kuikuru. Na sociedade não indígena esse fato não é tão presente: geralmente, os pais batem nos filhos sem tais preocupações e os filhos abandonam os pais quando estes ficam velhos, mesmo sem terem apanhado deles quando crianças.


Por Leandro Carvalho
Mestre em História

Por Escola Kids

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