Bairros são divisões geográficas das cidades repletas de particularidades. Podem ser classificados segundo a comunidade que os habita ou os elementos que os compõem.
Bairros são áreas compartimentadas, que compõem uma cidade ou município, cujas características estão associadas ao processo de formação do local e às pessoas que nele vivem e que formam uma comunidade. Essa divisão geográfica deu-se mediante a necessidade de facilitar não só a localização mas também os estudos e pesquisas em determinadas áreas, pois muitas destas se expandem com rapidez.
Cada bairro possui suas particularidades, e essas estão especialmente associadas a sua ocupação e ao local em que se encontram.
Você já reparou que as regiões centrais das cidades possuem características geralmente comuns? Ou já reparou que as regiões mais periféricas assemelham-se quanto a sua composição? Pois é, isso faz com que existam os tipos de bairro, organizados segundo a ocupação das comunidades.
De forma geral, os bairros podem ser constituídos por ruas, casas, edifícios, condomínios, indústrias, comércios, praças, shoppings, monumentos, entre outros. Podem também, segundo sua localização, representar a cidade em alguns aspectos, como financeiro, turístico, tecnológico, entre outros.
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Primeiramente é necessário dizer que não há uma classificação oficial para determinar os tipos de bairros. Os bairros recebem determinadas denominações segundo as suas características, a sua comunidade, e a quantidade de comércios, residências, indústrias, empresas e repartições públicas.
Também podem ser classificados segundo o valor dos imóveis que neles se encontram. Portanto, os elementos observados de acordo com o senso comum é que nos fazem apontar alguns tipos de bairros, como:
Nos bairros residenciais, as casas ou condomínios existem em maior número.
São aqueles em que há predomínio de residências, podendo ser casas térreas, sobrados e até condomínios. Nesses locais há pouca presença de comércios. Cria-se neles uma identidade, pois a população compõe uma comunidade que frequenta diariamente lugares comuns e possui necessidades comuns.
Os bairros residenciais estão espalhados pela cidade, e cada um apresenta suas particularidades. Esses podem ser mais ou menos populosos que outros; maiores ou menores em extensão territorial que outros; mais arborizados ou menos que outros; mais próximos ou distantes dos grandes centros que outros etc.
Nos bairros comerciais, há predomínio de comércios. [1]
São constituídos principalmente de comércios. As ruas nesses bairros são repletas de lojas de roupas, brinquedos, materiais de construção, eletrônicos, ou de estabelecimentos como padarias, açougues, frutarias, salões de beleza, entre outros.
Devido à existência desses comércios, os bairros comerciais tendem a ser bastante movimentados. Os centros das cidades costumam ter muitos bairros desse tipo, mas eles podem ser encontrados em diversas regiões. O comércio localizado no centro das cidades facilita com que a população de todos os outros bairros possa deslocar-se até ele sem percorrer grandes distâncias.
Os bairros industriais encontram-se em regiões mais afastadas da cidade.
São aqueles em que predominam as indústrias e fábricas. Por necessitarem de áreas maiores e, por vezes, produzirem não só poluição como também muitos ruídos, esses bairros encontram-se nas regiões mais periféricas das cidades. Muitas vezes, em seu entorno, estão bairros resididos pelos trabalhadores empregados nas indústrias. Nem toda cidade há bairros industriais.
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Além desses elementos preponderantes no bairro, podemos classificá-lo segundo o valor de compra dos terrenos e os imóveis que deles fazem parte. Sendo assim, muitas pessoas referem-se aos bairros como “bairros de classe média”, “bairros de classe alta” ou “bairros de baixa renda”. Essas classificações têm, portanto, relação com o poder econômico de seus habitantes.
Outra classificação refere-se especificamente aos habitantes. Apesar de estarmos em um mundo globalizado (onde as migrações são constantes assim como a mutabilidade das pessoas), muitos indivíduos prezam por permanecerem ou estabelecerem-se próximos de sua cultura.
Há bairros que fazem referência à religião, que fazem referência a tradições, e que agrupam grupos étnicos. No Brasil é possível identificar exemplos desses bairros. Um bastante conhecido é o Bairro da Liberdade, em São Paulo, considerado a área de maior concentração japonesa no mundo fora do Japão.
Em Hong Kong, na China, encontra-se o bairro mais populoso do mundo: Mong Kok. Vivem nesse bairro cerca de 130 mil pessoas por quilômetro quadrado. Nele a avenida principal é fechada e utilizada apenas para pedestres, que tomam as ruas. Mong Kok é considerado um bairro dormitório, pois os preços dos aluguéis são mais baratos na região.
The Peak, em Hong Kong, é considerado o bairro mais luxuoso do mundo. Localiza-se em um montanha e é supervalorizado, tendo o preço do metro quadrado em torno de 120 mil dólares.
No Rio de Janeiro, Brasil, encontra-se um dos bairros com o metro quadrado mais caro do país: o Leblon. O preço médio é de, aproximadamente, R$ 21.012.
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[1] Crédito de imagem: Diego Grandi / Shutterstock