Transporte passivo garante o transporte de substâncias através da membrana plasmática sem que ocorra o gasto de energia. A osmose é um tipo de transporte passivo.
O transporte passivo é o nome dado a todos os tipos de transporte de substâncias pela membrana que não levam a célula ao gasto de energia. A difusão simples, a difusão facilitada e a osmose são tipos de transporte passivo.
Leia mais: Membrana plasmática – características principais e função
É a difusão de uma substância pela membrana sem que ocorra gasto de energia.
Pode ser classificado em difusão simples, difusão facilitada e osmose.
Na difusão simples, as moléculas se movem do meio mais concentrado para o meio menos concentrado.
Na osmose, a água se move de um meio com menor concentração de soluto para o meio com maior concentração de soluto através de uma membrana semipermeável.
Na difusão facilitada, o transporte passivo é auxiliado por proteínas.
Antes de compreendermos o que é transporte passivo, precisamos conhecer alguns conceitos básicos:
Soluto: substância que pode ser dissolvida por um solvente. Quando dissolvemos o açúcar na água, o açúcar é o soluto e a água é o solvente.
Solvente: substância que dissolve outras substâncias. Como no exemplo acima, a água é um tipo de solvente.
Meio hipertônico: apresenta uma concentração de soluto maior que outro meio.
Meio hipotônico: apresenta uma concentração de soluto menor que outro meio.
Meio isotônico: apresenta a mesma concentração de soluto que outro meio.
A membrana plasmática atua nas células como uma barreira que controla a entrada e saída de moléculas. O transporte de substâncias pela membrana pode ser ativo, quando há gasto de energia, ou passivo, quando não há gasto de energia. Podemos dividir o transporte passivo através da membrana em três tipos: difusão simples, osmose e difusão facilitada.
As substâncias, na ausência de outras forças, tendem a se difundir de uma solução mais concentrada para uma solução menos concentrada. Essa difusão ocorre nas células sem que nenhum gasto de energia aconteça, e a substância difunde-se em direção ao seu gradiente de concentração. A difusão simples pode ser observada, por exemplo, quando uma célula captura oxigênio para a realização da respiração celular. O oxigênio difunde-se para a célula através da membrana plasmática, e à medida que a célula utiliza o oxigênio obtido, mais oxigênio entra nela.
A osmose pode ser definida como o movimento de moléculas de água através de uma membrana semipermeável. Na osmose, a água se move de uma região de baixa concentração de soluto para uma região com alta concentração de soluto, ou seja, a água se move de uma região menos concentrada para uma região mais concentrada.
Se colocarmos uma célula em meio hipertônico, ela perderá água para o ambiente por osmose. Se a colocarmos em um meio hipotônico, a água entrará na célula, a qual pode até mesmo se romper. A euglena é um organismo unicelular que vive em ambiente de água doce, encontrando-se num meio hipotônico. A água, portanto, tende a entrar no interior da célula por osmose. Para evitar que a célula se rompa, ela conta com uma organela especializada denominada vacúolo contrátil, que coleta água de várias partes da célula e a bombeia para fora.
Nas células que possuem parede celular, como as células vegetais, a parede evita que elas se rompam. A célula vegetal em meio hipotônico expandirá até certo ponto, tornando-se túrgida (firme e com grande quantidade de água). A célula túrgida, na maioria dos vegetais, corresponde ao estado saudável da planta. Quando uma célula vegetal é colocada em meio hipertônico, ela perderá água e encolherá, fazendo com que a membrana plasmática se solte da parede celular, um fenômeno conhecido como plasmólise. Esse processo pode ser revertido.
No dia a dia, podemos observar facilmente a osmose ocorrendo em células vegetais. Se pegarmos uma folha de alface e colocarmos sal de cozinha sobre a sua superfície, perceberemos que, após algum tempo, essa folha se tornará flácida. Isso ocorre, pois o meio externo é hipertônico, fazendo com que a água saia das células por osmose. Para saber mais sobre esse processo, leia nosso texto: Osmose.
De maneira simplificada, podemos definir a difusão facilitada como um transporte passivo auxiliado por proteínas. Nem todas as moléculas atravessam a membrana plasmática livremente, sendo que algumas necessitam de uma “ajuda” para que essa passagem ocorra. Essa ajuda é garantida pelas proteínas de transporte, as quais podem ser proteínas carregadoras ou proteínas de canal.
As proteínas carregadoras se ligam ao soluto específico e sofrem mudanças que garantem a movimentação desse soluto através da membrana. As proteínas de canal, por sua vez, formam poros que permitem a passagem de solutos específicos. Vale salientar que cada proteína é bastante seletiva, permitindo que apenas determinados solutos atravessem a membrana.