Conheça a composição química dos refrigerantes e o que você pode fazer para manter o sabor dessa bebida por mais tempo.
Os refrigerantes são apreciados em quase todas as partes do mundo e possuem os mais diversos sabores. Essa bebida foi criada em 1772 quando o químico inglês Joseph Priestley desenvolveu uma forma de gaseificar a água mineral. A primeira indústria voltada para a fabricação desse produto propriamente dita surgiu nos Estados Unidos, em 1871. No Brasil, a primeira indústria começou a funcionar em 1905.
Vários cientistas contribuíram para as mudanças realizadas nas formulações dos diferentes tipos de refrigerantes e também nas embalagens desses produtos. As primeiras garrafas de vidro utilizadas, por exemplo, eram na cor âmbar (escuras), depois foram modificadas para garrafas incolores.
É de conhecimento geral que esse líquido é apreciado há muito tempo, mas o que é, de fato, um refrigerante? Qual é a sua composição química?
Trata-se de uma bebida carbonatada (presença de carbonatos) e não alcoólica. O diferencial do refrigerante em relação a outras bebidas não alcoólicas é a presença do gás carbônico em sua composição, o que se faz importante porque esse gás realça o sabor e a ação refrescante e bacteriostática (conserva as características originais). Para isso, o gás carbônico deve estar bem dissolvido no líquido, o que ocorre em temperaturas mais baixas.
Quanto mais gelado estiver o refrigerante, mais gás carbônico estará dissolvido
A composição química dos refrigerantes é bastante ampla. Esse produto apresenta, além do gás carbônico, as seguintes substâncias:
Água: é a substância em maior quantidade na fórmula do refrigerante, algo em torno de 88%. Deve ter um elevado grau de pureza para ser utilizada;
Concentrados: são misturas de extratos, óleos e destilados de frutas ou vegetais. É o famoso xarope do refrigerante;
Carbonatos (CO3) e bicarbonatos (HCO3): são substâncias que, ao entrarem em contato com os ácidos presentes no refrigerante, regulam o seu pH, não possibilitando a acidez extrema;
Sulfatos (SO4) e fenóis (C6H6O): substâncias que têm o papel de ampliar o sabor do refrigerante;
Açúcar (sacarose/C12H22O11): é o segundo componente em maior quantidade na fórmula do refrigerante, cerca de 11%, e tem a função de adoçar e encorpar o produto. Em refrigerantes dietéticos ou de baixa caloria, o açúcar é substituído pelos edulcorantes, que adoçam e realçam o sabor, como a sacarina (C7H5NSO3) e o aspartame (C14H18N2O5);
Acidulante: é uma substância que, além de realçar o sabor, atua diminuindo o pH do refrigerante, tornando-o mais ácido e impedindo a proliferação de micro-organismos. O ácido cítrico (C6H8O7) é um exemplo de acidulante. Nos refrigerantes com sabor cola, o acidulante utilizado é o ácido fosfórico (H3PO4).
Antioxidante: é uma substância que impede que o gás oxigênio interaja com substâncias presentes no refrigerante e prejudique o odor e o sabor. O ácido ascórbico (vitamina C) é um antioxidante muito utilizado. A presença de luz e calor favorece a oxidação de alguns componentes do refrigerante.
Conservante: como existem bactérias e fungos que são resistentes à acidez do refrigerante e que, quando presentes, podem alterar a cor, odor e aroma, são utilizados alguns conservantes, como o benzoato de sódio (C7H5O2Na), para evitar a proliferação de micro-organismos acidorresistentes.
Nota-se que a composição de um refrigerante é bastante complexa, mas o que importa é que é uma bebida muito agradável ao paladar. Caso você queira manter o sabor do seu refrigerante agradável por mais tempo, siga as dicas a seguir:
Mantenha-o o mais gelado possível;
Prefira embalagens de vidro ou latas de alumínio (as embalagens de plástico permitem que parte do gás atravesse-as com o tempo);
Caso compre uma garrafa grande e não tome tudo, despeje o restante em uma embalagem menor e tampe bem. Quanto maior o espaço livre na garrafa, mais facilmente o gás sairá do líquido.
Não deixa o refrigerante exposto à luz e ao calor.
A embalagem de alumínio não permite a saída de gás pelas suas paredes
Por Me. Diogo Lopes Dias