A insuficiência renal é uma doença caracterizada pela perda das funções renais. Ela é a uma doença sistêmica, sendo a via final de muitas doenças do sistema urinário. Os rins são responsáveis, entre suas várias funções, por retirar os resíduos metabólicos do organismo, regular a pressão arterial, entre outras. A insuficiência renal pode causar diversos prejuízos não apenas a esse órgão, mas para todo o organismo.
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A insuficiência renal pode ser causada por inúmeros fatores. Como dito anteriormente, ela é a via final de muitas doenças do sistema urinário. Anomalias e obstruções nesse sistema, como os causados pela presença de cálculos renais, também podem desencadear a doença.
Além disso, muitas outras doenças, se não tratadas e controladas, são fatores de risco para o desenvolvimento da insuficiência renal, como hipertensão arterial, diabetes mellitus e síndrome dos rins policísticos. São também fatores de risco para o desenvolvimento da insuficiência renal a idade avançada e o abuso de substâncias tóxicas, como drogas e alguns medicamentos, como anti-inflamatórios e analgésicos.
É sempre importante destacar que você nunca deve se automedicar! Só faça uso de medicamentos prescritos por um médico e seguindo o tempo de tratamento determinado.
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Em alguns casos, como na insuficiência renal crônica, principalmente em sua fase inicial, a doença pode apresentar-se assintomática ou, até mesmo, pode ter seus sintomas mascarados pela doença causadora.
A seguir, alguns sintomas de insuficiência renal:
Pouca produção de urina;
Muita produção de urina;
Vontade de urinar à noite;
Hipertensão arterial;
Anemia;
Acúmulo de líquidos, principalmente nas pernas;
Coceiras;
Fraqueza;
Perda de apetite;
Náuseas e vômitos;
Cãibras;
Alteração da consciência, entre outros.
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O diagnóstico da insuficiência renal é realizado a partir de exame clínico, exames laboratoriais, como exames de sangue e urina, e de imagem, como ultrassonografias. O tratamento da insuficiência renal é realizado levando em consideração a causa da insuficiência renal, que deve ser tratada e controlada. É observado, também, para o tratamento, se a insuficiência renal é aguda ou crônica (as diferenças entre os dois tipos serão apresentadas no próximo tópico).
O tratamento pode ser realizado de diversas formas, levando em consideração as especificidades dos casos. Uma dieta pode ser recomendada, pois os rins não estarão eliminando muitas substâncias do organismo, além de ajudar na regulação da pressão arterial. O uso de medicamentos também faz parte do tratamento, ajudando na regulação da pressão, por exemplo, entre outras funções.
O tratamento dialítico, como a hemodiálise, pode ser recomendado, entretanto, esse tipo de tratamento é recomendado, geralmente, se o paciente apresentar algum risco de morte. Em último caso, pode ser sugerido o transplante renal, indicado nos estágios mais avançados da doença.
O transplante renal tem sido uma excelente alternativa para pacientes com insuficiência renal irreversível, pois aumenta a qualidade de vida do paciente. O Brasil encontra-se entre os países com maior número de transplantes renais.
A insuficiência renal pode ocorrer de duas formas, a aguda e a crônica:
A insuficiência renal aguda é caracterizada pela diminuição rápida das funções renais, o que pode ocorrer em dias ou em apenas algumas horas. São sintomas da insuficiência renal aguda: dor lombar, febre, dificuldade para urinar, presença de sangue na urina, anemia, imunodepressão, hipertensão arterial, perda de apetite, náuseas e vômitos, acúmulo de líquidos, por exemplo, nas pernas e mãos, entre outros.
A insuficiência renal aguda é uma das principais complicações em pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI), apresentando alta taxa de mortalidade, que pode chegar até 70%. A insuficiência renal aguda é uma patologia reversível, no entanto, se não tratada de forma adequada, pode evoluir e levar à morte.
É caracterizada pela perda progressiva da função renal. A insuficiência renal crônica, em sua fase inicial, é assintomática. No entanto, na fase mais avançada, por causa do acúmulo de toxinas no organismo, todo o organismo pode ser afetado, sendo observadas alterações ósseas, neurológicas e cardíacas, por exemplo. A insuficiência renal crônica, diferentemente da insuficiência renal aguda, é geralmente irreversível.