Bicho-de-pé e bicho-geográfico são a mesma coisa? Clique aqui e aprenda mais sobre o que esses parasitas causam à pele.
Você já ouviu falar de bicho-geográfico e bicho-de-pé? Apesar do que muitas pessoas pensam, esses dois “bichos” apresentam muitas diferenças e causam problemas totalmente diferentes. Vamos descobrir mais sobre eles?
→ Bicho-geográfico
O bicho-geográfico é causado por um parasita denominado Ancylostoma braziliense e, menos frequentemente, pelo Ancylostoma caninum. Esses parasitas são nematódeos e apresentam o corpo cilíndrico com as extremidades afiladas.
Esses parasitos são encontrados no intestino de gatos e cães que, ao depositar suas fezes no solo, liberam as larvas dos nematódeos no ambiente. Ao ter contato com essa larva, andando descalço, por exemplo, podemos contrair a chamada larva migrans cutânea ou “bicho-geográfico”.
A principal característica dessa doença é a coceira e a formação de túneis na pele por causa da migração das larvas sob esse tecido. Os túneis assemelham-se a desenhos de mapas, daí provém o nome “bicho-geográfico”. O principal risco dessa doença diz respeito a infecções secundárias, que podem surgir em decorrência de lesões causadas pelo ato de coçar o local afetado pelo movimento da larva.
O “bicho-geográfico” pode ser tratado com medicamentos que matam o parasita, os quais podem ser de uso oral ou tópico (externo). Para evitar contrair a doença, alguns cuidados podem ser feitos, como andar sempre calçado, não entrar em contato direto com locais onde existam fezes de animais, cuidar da saúde dos animais de estimação e recolher sempre as fezes deles.
→ Bicho-de-pé
A tungíase, também conhecida como bicho-de-pé, é uma parasitose causada por uma pulga, a Tunga penetrans. Essa doença ocorre quando a fêmea fecundada dessa pulga penetra na pele, causando dor e coceira. Em geral, isso acontece em pés de pessoas que andam sem proteção, por isso o nome “bicho-de-pé”.
A cabeça da pulga fica na pele, enquanto sua porção final fica para fora, e é essa parte que elimina ovos e excrementos. Cerca de uma semana após a penetração desse parasita, observa-se que a fêmea apresenta o tamanho de uma ervilha por causa da quantidade de ovos em seu corpo. Depois de alguns dias, ocorre a liberação dos ovos e, logo em seguida, a saída da fêmea. Em média, a pulga permanece no corpo parasitado de quatro a seis semanas.
O tratamento dessa doença baseia-se na retirada da pulga, que deve ser feita com agulhas estéreis e em local adequado para evitar a contaminação por bactérias. Quando há infecção secundária, recomenda-se uso de antibiótico. Do mesmo modo que ocorre com o bicho-geográfico, a prevenção pode ser feita evitando-se andar descalço.
→ Diferenças entre o bicho-geográfico e o bicho-de-pé
Após analisar essas duas doenças, podemos concluir que se tratam de problemas distintos. O bicho-geográfico é causado por um nematódeo, e o bicho-de-pé é ocasionado por um inseto. Além disso, o bicho-geográfico move-se sob a pele, e, no caso da outra doença, a pulga desenvolve-se em um único local. Apesar dessas diferenças, é importante lembrar que é possível proteger-se desses dois incômodos com o uso de calçados.