Fascismo italiano
Descubra o que foi o Fascismo italiano e que importância isso teve para o contexto da Europa após a Primeira Guerra Mundial.
Você já deve ter ouvido falar na expressão fascismo. Deve saber também que ela foi constantemente usada no contexto da Segunda Guerra Mundial e mesmo depois desse período. Mas o que significa, de fato, o fascismo? Onde e quando foi criada tal expressão? E quem foi o autor? Para compreendermos isso, temos que entender a atmosfera do continente europeu do início da década de 1920.
O clima da Europa após a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) era de completa tensão, tanto política quanto social e econômica. A situação tornava-se ainda mais caótica nos países que haviam sofrido derrota, como Alemanha e Itália. Em casos especiais, mais a leste do continente, Turquia (o então Império Otomano) e Rússia acabaram dando início a revoluções políticas que mudaram radicalmente a estrutura de seus Estados. Na Europa Ocidental, em especial nos países citados, Itália e Alemanha, os grupos que conseguiram ascender ao poder encarnavam uma forma de ação política que ficou caracterizada pela opressão ostensiva contra os adversários, um grande apelo demagógico às massas e o culto à personalidade autoritária do líder. Desses grupos, o primeiro a despontar foi o do italiano Benito Mussolini, o “dulce”, e ficou conhecido como fascismo.
O termo “fascismo” vem da palavra italiana “fasci”, que significa feixe. A ideia de Mussolini era fazer uma referência ao antigo Império Romano, que tinha como um de seus símbolos um feixe de varas, que significava a força da união. O nome oficial do grupo fascista era Fasci Italiani de Combatimento. Foi desse grupo que nasceu o Partido Nacional Fascista (PNF) em 1921. Assim como Adolf Hitler, na Alemanha, Mussolini aproveitou-se da situação pós-guerra da Itália e reuniu trabalhadores e ex-combatentes em seu partido no intuito de formar milícias paramilitares para confrontar seus adversários políticos e eliminá-los, quando fosse necessário.
Ainda no que diz respeito ao comportamento dos fascistas, o uso de uniformes pretos (ou mistura de preto com verde-oliva) padronizava as milícias. Além disso, os fascistas padronizavam também seus cumprimentos, que não seguiam a forma da continência militar comum, mas uma saudação com o braço direito levantado a 45º, de punho aberto. Essa era a saudação que os antigos romanos da época do império faziam. Esse e outros ritos fascistas foram copiados por grupos semelhantes de outras nações, como os integralistas, no Brasil, os franquistas, em Portugal, e os nazistas, na Alemanha.
Um ano após a formação do Partido Nacional Fascista, já com grande número de adeptos, Mussolini ascendeu ao poder na Itália, após a pressão que os fascistas fizeram sobre o rei Victor Emmanuel II na cidade de Roma, no episódio que ficou conhecido como “Marcha Sobre Roma”.
Por Me. Cláudio Fernandes
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