Primeira Guerra Mundial
A Primeira Guerra Mundial se estendeu de 1914 a 1918 e envolveu quase todas as nações europeias, causando de 10 a 15 milhões de mortes.
A Primeira Guerra Mundial foi um conflito que se estendeu de 1914 a 1918, com batalhas sendo travadas na Europa, Ásia e África. Foi motivada pelos choques de interesses entre as nações europeias em múltiplas questões: econômicas, territoriais, políticas e nacionalistas. Seu saldo foi de 10 a 15 milhões de mortos.
Os dois lados que lutaram na Primeira Guerra foram a Tríplice Aliança, que, durante o conflito, contou com Alemanha, Áustria-Hungria e Império Otomano; e a Tríplice Entente, composta por Reino Unido, França, Rússia, Itália e Estados Unidos. Esse conflito se encerrou com a rendição alemã, no final de 1918.
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Resumo sobre Primeira Guerra Mundial
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A Primeira Guerra Mundial foi um conflito de grandes proporções que aconteceu entre 1914 e 1918.
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Foi motivadoapor uma série de fatores, como rivalidades imperialistas, nacionalismo, corrida armamentista etc.
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Seu estopim foi o assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando, em 1914.
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Os dois lados do conflito eram a Tríplice Aliança e a Tríplice Entente.
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Encerrou-se com a derrota da Alemanha, em 1918.
Videoaula sobre Primeira Guerra Mundial
O que foi a Primeira Guerra Mundial?
A Primeira Guerra Mundial foi um conflito que aconteceu entre os anos de 1914 e 1918, mobilizando grande parte do continente europeu e contando com a participação de países de outros continentes, com destaque para os Estados Unidos. Uma série de fatores explicam o início da Primeira Guerra Mundial, como as rivalidades imperialistas.
O conflito ficou marcado pelas trincheiras, formadas por corredores e túneis no solo que abrigavam os soldados e tornavam as batalhas muito mortais. Também ficou marcado pela inovação bélica, com uma série de novas armas passando a ser usadas a partir dele. Encerrou-se em 1918 com a rendição da Alemanha.
Contexto histórico e causas da Primeira Guerra Mundial
No começo do século XX, a Europa vivia um período de paz, entendida pelos historiadores, no entanto, como falsa e classificada como uma paz armada. Isso porque, embora a Europa estivesse em paz literalmente, as tensões eram tão intensas entre as nações que elas secretamente se preparavam para um conflito de grandes proporções.
Entre os fatores iniciais desse conflito, estavam: as disputas imperialistas, os movimentos nacionalistas, as alianças militares e a corrida armamentista promovida pelas nações europeias. A junção desses fatores criou uma tensão tão elevada que arrastou a Europa para o conflito em um efeito dominó.
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O imperialismo
No que se refere ao imperialismo, as nações europeias disputavam colônias nos continentes africano e asiático para explorar os recursos e as populações desses locais. A Alemanha foi um país que surgiu tardiamente, e sua ascensão econômica causava apreensão nas nações mais ricas da Europa, em especial, Reino Unido e França. Isso fez com que as intenções colonialistas germânicas fossem barradas por franceses e britânicos.
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O nacionalismo
Já o nacionalismo foi um problema que causou tensões em todo o continente europeu. A Alemanha possuía um movimento nacionalista chamado pan-germanismo, que defendia a expansão territorial da Alemanha e a unificação de todos os germânicos da Europa sob o comando alemão. Os adeptos desse movimento ainda defendiam que a guerra era um caminho legítimo para conquistar isso.
Já o revanchismo francês foi um movimento nacionalista que existia na França e que defendia que ela se vingasse da derrota sofrida para a Alemanha na Guerra Franco-Prussiana. Nesse conflito, travado entre 1870 e 1871, os franceses foram derrotados de maneira evidente, perdendo para a Alemanha um território importante, a Alsácia-Lorena.
Na região dos Bálcãs, a tensão também estava elevada, principalmente por conta do pan-eslavismo e da rivalidade entre os povos eslavos daquela região e o Império Austro-Húngaro. O pan-eslavismo defendia a unificação dos povos eslavos e a rejeição dos valores da Europa Ocidental. No contexto dos Bálcãs, esse movimento nacionalista se materializou na disputa entre Sérvia e Áustria-Hungria pelo território da Bósnia. A Bósnia havia sido anexada pela Áustria-Hungria, mas tanto a população bósnia quanto a população do país vizinho, a Sérvia, rejeitavam a presença austríaca na região.
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As alianças militares
Toda essa tensão entre as nações europeias levou à formação de alianças militares que deram origem a dois grupos:
→ Tríplice Entente: formada por Rússia, Reino Unido e França.
→ Tríplice Aliança: formada, inicialmente, por Alemanha, Áustria-Hungria e Itália.
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A corrida armamentista
Por fim, havia a tensão causada pela corrida armamentista. Quanto mais as relações diplomáticas ficavam ruins, mas esses países se organizavam militarmente para se defender de um ataque ou mesmo para atacar. Com isso, a produção de armamentos se acelerou.
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O estopim
Toda essa tensão precisava apenas de um estopim para deflagrar o conflito, e esse momento se deu na Bósnia, em 1914. Em 28 de junho de 1914, o arquiduque Francisco Ferdinando fez uma visita a Sarajevo, capital da Bósnia. Na ocasião, ele quis realizar um passeio em carro aberto como forma de reafirmar o poder austríaco sobre a região.
Nesse passeio, Francisco Ferdinando foi alvo de um atentado e ele e sua esposa faleceram. Esse evento gerou uma crise diplomática entre Sérvia e Áustria-Hungria que se arrastou por todo o mês de julho. No final desse prazo, a Áustria-Hungria declarou guerra contra a Sérvia, e a partir daí uma série de declarações de guerra aconteceram, arrastando todo o continente para o conflito.
Países envolvidos na Primeira Guerra Mundial
As alianças formadas antes do conflito — Tríplice Aliança e Tríplice Entente — permaneceram quase do mesmo jeito. No caso da Aliança, vale destacar o caso da Itália, que se recusou a entrar no conflito e, em 1915, decidiu aderir à Entente, aliando-se com Reino Unido, França e Rússia.
Além disso, a Tríplice Entente, além de Alemanha e Áustria-Hungria, contou com a participação do Império Otomano (atual Turquia). Outro importante participante foram os Estados Unidos, que aderiram ao conflito em 1917. O Brasil também participou, mas com um envolvimento tímido e sem relevância alguma no contexto geral dessa guerra.
Fases e desfecho da Primeira Guerra Mundial
A Primeira Guerra Mundial foi marcada por duas grandes fases: a Guerra de Movimento, entre agosto e novembro de 1914, e a Guerra de Trincheiras (em que os combates se travaram entre trincheiras), até o final do conflito, em 1918.
Dentre suas importantes batalhas, destacaram-se as de Verdun, Tannenberg e Somme. As batalhas da Primeira Guerra Mundial ficaram marcadas pela violência e pela quantidade de mortes nas trincheiras. Um destaque nesse sentido foram as armas químicas, que causavam sequelas graves e poderiam ser fatais.
Em 1918, a Alemanha estava isolada no conflito, pois todos os seus aliados haviam se rendido. O país estava à beira do colapso econômico, e havia uma iminente ameaça de uma revolta comunista. A situação do país levou os social-democratas a emergirem, transformando a Alemanha em uma república e negociando um armistício.
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Consequências da Primeira Guerra Mundial
Com a rendição alemã, foi elaborado o Tratado de Versalhes, um documento produzido por Reino Unido e França que estabeleceu uma série de sanções para a Alemanha como forma de punição. Entre as medidas anunciadas, estavam: a Alemanha perderia colônias e territórios na Europa, teria limitações para formação de um exército, além de pagar uma altíssima indenização.
A Alemanha entrou em uma crise econômica sem precedentes depois do conflito. A humilhação imposta pelo tratado, mais a decepção com a derrota na guerra e a crise econômica contribuíram para o surgimento e fortalecimento do Partido Nazista.
Por fim, todo o continente europeu enfrentou enorme destruição material causada pela guerra, além, é claro, da altíssima fatalidade. Estima-se que o total de mortos na Primeira Guerra Mundial varie de 10 a 15 milhões de vidas humanas.
Créditos da imagem:
[1]Shutterstock | Susan Law Cain
Fontes
ARARIPE, Luiz de Alencar. Primeira Guerra Mundial. In.: MAGNOLI, Demétrio (org.). História das Guerras. São Paulo: Contexto, 2013, pp. 318-353.
HASTINGS, Max. Catástrofe – 1914: a Europa vai à guerra. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2014.
HOBSBAWM, Eric. A Era dos Extremos: o breve século XX 1914-1991. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.