Metamorfose dos anfíbios
A metamorfose dos anfíbios pode ser observada com maior facilidade no grupo dos anuros, cujos membros passam por mudanças drásticas durante o desenvolvimento.
A metamorfose dos anfíbios é uma característica muito marcante no grupo, uma vez que esses animais são conhecidos por apresentar um ciclo de vida bifásico, com uma fase aquática e outra terrestre. Dentre os anfíbios, o grupo que apresenta metamorfose mais acentuada são os anuros, grupo que inclui as rãs, sapos e pererecas. Salamandras e cecílias, por sua vez, possuem uma metamorfose menos visível. Alguns anfíbios não sofrem metamorfose.
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Resumo sobre metamorfose dos anfíbios
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Metamorfose é um processo em que uma larva transforma-se em um indivíduo adulto.
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Apesar de os anfíbios serem muito conhecidos por realizar esse processo, nem todos os animais desse grupo realizam metamorfose.
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Nos anfíbios, as maiores transformações são observadas em anuros.
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Nos anuros, a fase larval destaca-se por ser aquática, herbívora e pela respiração por brânquias. Já a forma adulta é terrestre, carnívora e respira por pulmões e pela pele.
O que é metamorfose?
Metamorfose é um processo que ocorre em diferentes animais e pode ser definida de maneira simplificada como a transformação de uma larva em um indivíduo adulto. A metamorfose pode ser observada em diferentes grupos de animais, incluindo vertebrados e invertebrados.
No grupo dos invertebrados podemos destacar a metamorfose que ocorre nos insetos, quando, por exemplo, uma lagarta torna-se uma borboleta. Já nos vertebrados, a metamorfose pode ser observada com clareza em anfíbios, quando um girino torna-se um indivíduo adulto. Quando um animal apresenta uma forma larval durante o seu ciclo de vida, dizemos que este apresenta um desenvolvimento indireto. Para saber mais sobre esse processo, clique aqui.
Metamorfose dos anfíbios
Os anfíbios são conhecidos, principalmente, por apresentarem um ciclo de vida bifásico, com uma fase de vida larval aquática e, após a metamorfose, a fase final de adulto terrestre ou semiaquático. Nos anfíbios, a metamorfose pode ser observada nos diferentes grupos, tais como nos anuros (sapos, rãs e pererecas), salamandras e cecílias. Há espécies, no entanto, que não sofrem metamorfose.
Em salamandras e cecílias a metamorfose é menos visível do que o observado em anuros. Isso se deve ao fato de que as larvas dos anuros são completamente diferentes da sua forma adulta, o que faz com que as mudanças sejam muito mais perceptíveis. É importante destacar que as modificações no organismo do animal não dizem respeito somente a alterações morfológicas, mas também funcionais.
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Metamorfose dos anuros
Para exemplificar a metamorfose dos anfíbios, usaremos o exemplo de alguns anuros. Os anuros se reproduzem de forma sexuada, sendo necessária para esse processo a presença de um macho e uma fêmea. O macho segura a fêmea em um abraço conhecido como amplexo. A fêmea então libera os óvulos, os quais são fertilizados à medida que são liberados. Os ovos fecundados liberados no ambiente aquático são envoltos por uma camada gelatinosa.
O embrião começa a se desenvolver e dará origem a uma forma larval conhecida como girino. Os girinos são aquáticos, herbívoros, respiram por brânquias e não possuem pernas. A locomoção dos girinos é feita por meio de movimentos ondulatórios realizados pela cauda que possuem.
À medida que o desenvolvimento ocorre, os membros posteriores iniciam seu crescimento, seguidos dos membros anteriores. Enquanto isso ocorre, acontece também o desenvolvimento dos pulmões. Quando os pulmões estão completamente formados, o animal já é capaz de retirar do ar o oxigênio que precisa, passando a ficar um maior período de tempo na margem do corpo d’água onde ele está se desenvolvendo. A cauda do animal começa a reduzir de tamanho devido a um processo de reabsorção. Além disso, o sistema digestório sofre modificações a fim de receber uma dieta agora carnívora.
Ao final da metamorfose, o girino, que anteriormente era aquático e herbívoro, torna-se um adulto carnívoro e adaptado ao ambiente terrestre.
Fontes:
BENEDITO, Evanilde. 2017. Biologia e Ecologia dos vertebrados. Rio de Janeiro: Roca.
CLEVELAND P. HICKMAN, Jr. et al. Princípios integrados de Zoologia. 16. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016.
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