Regência do verbo lembrar
Em dúvida sobre a regência do verbo lembrar? Lembre-se de que no Escola Kids você pode esclarecer todas as suas dúvidas sobre a língua portuguesa!
Que tal estudarmos um pouco sobre regência verbal? Será que você já estudou sobre isso na escola? Se não estudou ainda, que tal ficar por dentro desse conteúdo tão importante da língua portuguesa?
A regência verbal nada mais é do que a relação de subordinação que ocorre entre um verbo e seus complementos. A regência correta de um verbo impede que frases ambíguas sejam criadas, pois quando isso acontece, o sentido desejado pelo enunciador pode ficar prejudicado. Alguns verbos da língua portuguesa apresentam uma particularidade interessante, como o verbo lembrar. Afinal, o verbo lembrar é transitivo direto ou transitivo indireto? Quem lembra, lembra de algo ou lembra algo? Vamos entender melhor essa questão?
Em primeiro lugar, vamos deixar bem claro que o verbo lembrar pode ser transitivo direto ou transitivo indireto. Observe os exemplos:
O cérebro humano não consegue lembrar algo e fazer contas ao mesmo tempo.
Nesse caso, o verbo lembrar é transitivo direto, ou seja, exige complemento sem preposição.
Marcela não se lembrou de pagar as contas.
No exemplo acima, o verbo lembrar é pronominal, ou seja, apresenta o pronome reflexivo -se e exige complemento com a preposição “de”. Dessa maneira, podemos dizer que o verbo lembrar é transitivo indireto.
Além disso, o verbo lembrar também pode ser transitivo direto e indireto ao mesmo tempo. Observe o exemplo:
Preciso lembrar Marina de comprar as passagens.
Sendo assim, podemos dizer que o verbo lembrar possui dupla regência, isto é, existem duas formas de ele relacionar-se com o seu complemento e ambas estão corretas. É importante que você saiba acerca dessa dupla regência para fazer o uso adequado do verbo, sobretudo na modalidade escrita e em contextos formais de comunicação.
Por Luana Castro
Graduada em Letras