Pronomes oblíquos
Os pronomes oblíquos são palavras que se referem às pessoas do discurso, mas que funcionam como complemento no enunciado e não como sujeito que executa a ação.
Os pronomes oblíquos são palavras que se referem às pessoas do discurso, mas funcionando como complemento no enunciado. Os pronomes oblíquos não podem ser sujeito de uma frase.
Leia também: Pronomes — o que são, para que servem, tipos e exemplos de uso
Resumo sobre pronomes oblíquos
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Os pronomes oblíquos referem-se às pessoas do discurso.
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Funcionam como complemento, e não como sujeito do verbo.
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Podem aparecer acompanhados de preposição ou não.
O que são pronomes oblíquos?
Os pronomes oblíquos são pronomes que servem como complemento de um verbo no enunciado.
Veja:
Nossos pais trouxeram comida para nós.
Nesse enunciado, há um sujeito que executa uma ação: “Nossos pais” executam a ação “trazer”. A palavra “nós” é um pronome, já que representa uma pessoa do discurso (a 1ª pessoa, aquela que fala). No entanto, como esse pronome é um complemento da ação “trazer”, ele é oblíquo.
Quais são os pronomes oblíquos?
Há dois tipos de pronomes oblíquos: os átonos e os tônicos.
→ Pronomes oblíquos átonos
Os pronomes oblíquos átonos não são acompanhados por preposição, ou seja, não precisam estar juntos de preposição para terem sentido ou se ligarem ao verbo.
Pronomes oblíquos átonos |
me |
te |
se, o, a, lhe |
nos |
vos |
se, os, as, lhes |
Exemplos:
Ele me mandou uma mensagem.
Nós nos vimos ontem na escola.
Eu vou te entregar um presente de aniversário!
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Videoaula sobre pronomes oblíquos átonos
→ Pronomes oblíquos tônicos
Os pronomes oblíquos tônicos são acompanhados por preposição. Sem as preposições, esses pronomes não conseguem se ligar ao verbo e fazer sentido.
Pronomes oblíquos tônicos |
mim, comigo |
ti, contigo |
si, consigo |
nós, conosco |
vós, convosco |
si, consigo |
Exemplos:
Vamos comigo para a loja?
Eles contaram para nós um grande segredo...
Olhou a si mesma no espelho.
Veja também: Para eu ou para mim — qual a forma correta?
Diferenças entre pronomes pessoais retos e pronomes pessoais oblíquos
Como vimos, o pronome oblíquo é aquele que tem função de complemento do verbo que acompanha. Já o pronome pessoal reto tem função de sujeito do verbo, ou seja, executa a ação do verbo.
Veja a diferença a seguir:
Meu amigo chegou ontem de viagem. Eu o vi ontem.
Em “Eu o vi ontem”, temos dois pronomes pessoais: “Eu” e “o”. O sujeito do verbo “ver” é o pronome pessoal reto “eu”, que executou a ação. Já o complemento é o pronome pessoal oblíquo “o”, que foi visto.
Colocação pronominal
Quando falamos de colocação pronominal, estamos nos referindo a como o pronome oblíquo se liga ao verbo. Isso pode se dar de três formas diferentes, e cada uma delas ocorre com base em diferentes regras gramaticais:
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Próclise: o pronome oblíquo aparece antes do verbo. Ex.: “Eu me machuquei na escada”.
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Mesóclise: o pronome oblíquo aparece no meio do verbo, entrecortando-o com uso do hífen. Ex.: “Responder-me-ão em breve”.
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Ênclise: o pronome oblíquo aparece depois do verbo, ligado a ele por meio do hífen. Ex.: “Viram-se uma vez e, depois, nunca mais”.
Saiba mais: Colocação pronominal — principais regras, outros exemplos e exercícios
Exercícios resolvidos sobre pronomes oblíquos
Questão 1
Leia a frase a seguir observando a lacuna:
Ela não ___ disse nada sobre o passeio?
A lacuna deve ser preenchida com um pronome oblíquo átono na 3ª pessoa do singular. Qual alternativa traz esse pronome corretamente?
A) me
B) o
C) a
D) lhe
Resposta
Alternativa D. Na frase, o pronome “lhe” é usado para substituir a expressão “a ele” ou “a ela”.
Questão 2
Qual das alternativas a seguir traz uso correto do pronome oblíquo destacado?
A) Você vem conosco ao parque?
B) Eu não lhe vi na aula ontem.
C) Ontem foi aniversário dos gêmeos. Nós os demos bonecos de presente.
D) Eu mim vesti sozinho hoje!
Resposta
A alternativa A é a que usa o pronome oblíquo de maneira correta.
Fontes
AZEREDO, José Carlos de. Gramática Houaiss da Língua Portuguesa. São Paulo: Parábola, 2021.
BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. 38ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2015.
CEGALLA, Domingos Paschoal. Novíssima Gramática da Língua Portuguesa. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2020.
CUNHA, Celso; CINTRA, Lindley. Nova Gramática do Português Contemporâneo. 7ª ed. Rio de Janeiro: Lexikon, 2016.