Estética textual
Desejamos fazer uma perguntinha a você: como anda a estética dos textos que produz? Se necessário, repense e clique aqui para obter as informações de que precis
Você nunca escreve para si mesmo(a), pois a escrita, a linguagem propriamente dita, possui um caráter social, coletivo, isto é, ao escrevermos acerca de algo, desejamos atingir o “outro”, pretendemos concretizar aquele objetivo que nos motivou a falar sobre determinado assunto. Nesse sentido, o interlocutor que está do lado de “lá” precisa perfeitamente decifrar as ideias expressas pelo emissor.
Dessa forma, entra em cena o assunto sobre o qual iremos falar um pouco mais a partir de agora – a estética textual. Assim, concebendo a palavra “estética” em seu sentido literal, temos a impressão de nos referirmos à aparência, não é verdade? Constatação perfeitamente adequada, correta, pois a forma como se apresenta um determinado texto é de fundamental importância para o perfeito entendimento por parte do interlocutor. Nesse sentido, algumas colocações que aqui fizermos poderão lhe auxiliar, no sentido de deixá-lo(a) cada vez mais hábil nessa empreitada, concorda?
Comecemos então pela forma como se apresenta a letra. Daí você pode se sentir questionado(a): Um texto, para ser considerado de boa qualidade, precisa ser constituído de letras bem desenhadas, atrativas?
Obviamente que não, pois o que realmente se faz necessário é que a caligrafia esteja ao alcance do receptor, de modo a fazer com que a interlocução se materialize de forma plena. Dessa forma, ela até pode se apresentar graficamente mais bem elaborada que outras, mas sem exageros, sem distorções. Resumindo em outras palavras, devemos sempre fazer uso de letras cursivas, pois elas representam aquela forma convencional, comum a todos. Nada de letra de forma, garrafais, ok?
Outro aspecto se deve ao espaçamento, haja vista que muitas vezes ora constatamos um espaço muito grande, ora um muito pequeno, fato que dificulta, também, a compreensão do leitor. Nesse sentido, temos de ser hábeis em sabermos dosar esses limites, certo? Esse padrão que você determina se estende também ao tamanho da letra, pois não são raras as vezes que encontramos textos por aí com letras grandes, letras pequenas, letras grandes... e assim por diante.
Os parágrafos? Como não falarmos sobre eles, hein? Pode até parecer difícil para o emissor construi-los, fazendo a divisão correta das ideias abordadas, mas, com certeza, irá facilitar muito a compreensão do leitor. Por isso, ao falarmos sobre eles, lembramo-nos também das margens, aquele espaço utilizado quando se quer iniciar outra ideia. Elas também precisam estar padronizadas, não se esquecendo de que ao final da linha, caso necessite separar as sílabas de uma determinada palavra, tal procedimento deve ser feito segundo critérios bem definidos, corretos.
Rasuras? Nem pensar, pois imagine nos deparamos com um texto todo rasurado, deteriorado? Deteriorado sim, porque dependendo da força que tentamos apagar esta ou aquela palavra, pode a folha muitas vezes se desfazer, rasgar. E rabiscos, em vez de apagar? Também não é aconselhável, pois compromete da mesma forma a qualidade, a estética do texto. Dessa forma, o ideal é que façamos primeiramente um rascunho, no sentido de elencarmos todas as ideias, e depois... passamo-las para o papel, ok? Não se esqueça dessas recomendações.
Por Vânia Duarte
Graduada em Letras