Lenda da vitória-régia
A lenda da vitória-régia é a lenda que conta a história da indígena Naiá, apaixonada por Jaci (Lua). Certo dia, Naiá se afogou, e Jaci, compadecido, transformou-a na vitória-régia.
A lenda da vitória-régia é uma das lendas mais tradicionais do folclore brasileiro, sendo especialmente relevante na região Norte do Brasil. É uma lenda de origem indígena que narra sobre o surgimento da planta chamada vitória-régia. Essa lenda se espalhou pelo Brasil por meio da oralidade, chegando aos dias de hoje.
Essa lenda apresenta uma mulher indígena chamada Naiá, conhecida por sua beleza, que é perdidamente apaixonada por Jaci, que representa a Lua (uma figura masculina na cultura indígena). Certo dia, ela vê o reflexo da Lua na água de um igarapé, mergulhando e, tragicamente, falecendo afogada. Jaci, comovido, transforma Naiá em uma vitória-régia.
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Resumo sobre a lenda da vitória-régia
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A lenda da vitória-régia é uma lenda tradicional no folclore brasileiro.
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Tem origem indígena, sendo muito popular na região Norte do Brasil.
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Conta como surgiu uma planta chamada vitória-régia.
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Na lenda, uma indígena chamada Naiá é apaixonada pela Lua (uma figura masculina), desejando que a transformasse em uma estrela.
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A lenda conta que ela se afogou em um igarapé ao ver o reflexo da Lua na água e mergulhar na água, sendo transformada em uma vitória-régia por Jaci (Lua).
Qual a origem da lenda da vitória-régia?
A lenda da vitória-régia é uma tradicional lenda presente na cultura brasileira, sendo que esse mito é originário da região Norte do Brasil. Essa lenda teve origem na cultura indígena, sendo um mito de origem, mas também um mito que ressalta a ligação da cultura indígena com a natureza.
Existem diferentes versões do mito, que podem sugerir que esse ele era difundido entre diferentes povos indígenas. Essas variações são entendidas como uma demonstração da identidade de cada povo.
O mito foi transmitido de geração em geração por meio da oralidade, garantindo a perpetuação da cultura indígena e dos laços que ligam essa cultura com a natureza. A transmissão dessa lenda pelas gerações garantiu sua manutenção como uma das lendas mais populares do folclore brasileiro.
Qual é a história da lenda da vitória-régia?
A lenda da vitória-régia conta a história de uma indígena chamada Naiá que era apaixonada por Jaci. Na cultura indígena, a Lua é um ser masculino, sendo reconhecido como um guerreiro bonito e forte que se chama Jaci. Uma das lendas que circulavam conta que Jaci escolhia as mais belas mulheres indígenas para que elas fossem transformadas em estrelas.
Naiá queria intensamente ser uma das escolhidas por Jaci para ser transformada em estrela. Ela era conhecida por ter grande beleza, atraindo a atenção de muitos homens, mas resistindo a todas as investidas porque sua atenção era toda de Jaci. Ela corria na direção da Lua para que fosse escolhida, mas nunca o era.
Certo dia, Naiá viu o reflexo de Jaci na água de um igarapé, então se lançou na água para tentar alcançar o seu amado. Naiá, por sua vez, acabou se afogando no igarapé e, portanto, falecendo. Jaci se comoveu com a trágica morte de Naiá e decidiu recompensá-la, transformando-a na “estrela das águas”, uma planta conhecida como vitória-régia. Outra versão da lenda conta que Jaci era, na verdade, um deus indígena muito bonito pelo qual Naiá era apaixonada.
Essa lenda, de uma forma geral, é utilizada como um mito de origem, por meio do qual se procura dar uma explicação para a origem de um determinado elemento, que, nesse caso, era a planta vitória-régia.
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Curiosidades sobre a vitória-régia
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Existem pelo menos três versões da lenda da vitória-régia.
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Alguns povos indígenas consumiam o tubérculo da vitória-régia em sua alimentação e usavam suas raízes para extrair uma tinta preta que é usada para pintar os cabelos.
Outras lendas do folclore brasileiro
O folclore brasileiro é bastante rico e possui uma grande variedade de lendas que se espalharam por todas as regiões do país. Algumas lendas presentes no folclore brasileiro são:
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Boto-cor-de-rosa: a lenda fala do boto-cor-de-rosa, que, em noites de Lua cheia, saía da água na forma de um homem sedutor e ia visitar comunidades ribeirinhas para participar de festividades. Nessas festas, o boto conhecia mulheres e deitava-se com elas, engravidando-as e então desaparecendo e nunca mais retornando.
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Cuca: a Cuca é um ser mítico que assume forma de uma mulher velha e horrenda (de acordo com o estereótipo de uma bruxa). A Cuca é conhecida por sua maldade e tem a fama de sequestrar crianças desobedientes.
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Iara: sereia conhecida por sua grande beleza, voz encantadora e suas riquezas. No folclore, Iara possui parte do corpo humano e a outra parte em forma de peixe. Reside no fundo de um rio, sendo famosa por seduzir homens que estão navegando ou caminhando ao longo das margens. Os homens seduzidos entram na água e nunca mais são vistos.
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Saci-pererê: ser mítico famoso por pregar peças nas pessoas, realizando brincadeiras que deixam as pessoas confusas. O Saci é conhecido por ter uma estatura pequena, pele negra e por usar roupas de cor vermelha. Além disso, o Saci possui apenas uma perna, mas, mesmo assim, tem grande agilidade.
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Mula sem cabeça: ser que é conhecido como uma mula que não possui a cabeça. No lugar dela, saem labaredas enormes. Na lenda, acredita-se que mulheres que mantêm relações íntimas com padres se transformam em mula sem cabeça como uma forma de maldição.
Fontes
GOMES, Pedro Alves e CHRISTO, Raquel Saraiva. O mito da Vitória-Régia. Disponível em: https://periodicos.ufes.br/sinais/article/view/28011.
REDAÇÃO. Vitória-régia: a marcante lenda que ficou de fora de Cidade Invisível. Disponível em: https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/vitoria-regia-a-marcante-lenda-que-ficou-de-fora-de-cidade-invisivel.phtml.