Héstia
Héstia era uma divindade presente nos mitos gregos, considerada a personificação da lareira. Era a deusa do lar, da hospitalidade e da vida doméstica.
Héstia era uma deusa presente nos mitos e na religiosidade dos gregos na Antiguidade. Eles a consideravam a deusa da vida doméstica, do lar e da hospitalidade. Ademais, era considerada a personificação da lareira. O culto doméstico a ela era tradicional, realizado por meio da manutenção de uma pequena lareira acesa.
Essa deusa foi pouquíssimo mencionada nos mitos gregos. Sabemos que ela era filha de Cronos e Reia, foi devorada pelo próprio pai e resgatada por seu irmão Zeus. Além disso, prometeu que nunca se casaria e, por isso, foi recompensada por Zeus com a honraria de receber os primeiros sacrifícios em rituais realizados pelos gregos.
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Resumo sobre Héstia
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Héstia era uma deusa presente na religiosidade grega. Também era adorada pelos romanos, com o nome de Vesta.
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Tinha forte relação com a hospitalidade e era a deusa do lar, da vida doméstica e da hospitalidade.
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Os gregos a consideravam a personificação da lareira.
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Pequenas lareiras domésticas e públicas eram mantidas acesas em sua homenagem.
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Quase não foi mencionada nos mitos gregos.
Quem era Héstia?
Héstia era uma divindade presente na mitologia dos gregos antigos. Não foi muito mencionada nos mitos, mas era uma figura fundamental na religiosidade grega, estando presente no culto doméstico das famílias que a consideravam a deusa do lar, da vida doméstica e da hospitalidade.
Os gregos acreditavam que Héstia era a deusa protetora da família e aquela que protegia as pessoas que estavam em visita na casa de outrem. Esse povo a considerava a personificação da lareira, sendo que uma lareira era mantida acesa nos lares em sua referência. Ela também era uma figura lembrada em eventos públicos.
Era comum que na Grécia existissem lareiras acesas para Héstia no bouleterion, a assembleia onde os cidadãos participavam da política da cidade, e no pritaneu, sede dos governos das cidades-Estado. A existência da lareira nesses locais criava uma associação direta entre a deusa e essas instituições. Acredita-se que isso tenha sido uma influência dos micênicos.
Héstia na mitologia grega
Héstia é mencionada nos mitos gregos, mas suas aparições são raríssimas. Entende-se que isso ocorreu por ela ter sido considerada uma deusa doméstica. Dentre as informações existentes sobre Héstia, destaca-se o fato de ela nunca ter se casado, sendo isso uma decisão e uma promessa que ela fez para Zeus, seu irmão.
Por nunca ter se casado, Héstia recebeu uma honraria de Zeus: o direito de ser a primeira divindade a receber sacrifícios em eventos públicos, além de ser a primeira a ser mencionada em orações. Até mesmo em rituais voltados para outros deuses, Héstia possuía o privilégio de ser lembrada primeiramente.
Além disso, destaca-se a origem de Héstia. Ela era a filha mais velha de Cronos e Reia. O seu pai ficou conhecido por devorar os filhos assim que nasciam, pois temia que eles eventualmente se rebelassem contra ele. Zeus foi o único que escapou desse destino e retornou, quando adulto, para libertar seus irmãos do ventre de seu pai. Foi assim que Héstia foi liberta do interior de Cronos.
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Culto a Héstia
Como vimos, o culto a Héstia tinha forte relação com a vida doméstica, e a deusa era considerada a personificação da lareira. O ato de manter uma lareira acesa no interior da residência era algo muito importante para os gregos e uma demonstração de devoção a Héstia. Manter uma lareira acesa era, portanto, sinal de preocupação com a própria família.
Ademais, várias cidades gregas mantinham rituais especificamente em homenagem a Héstia. No período Helenístico, foi muito comum a existência de sacerdotes e sacerdotisas dessa deusa. Ela também era venerada pelos romanos, que a chamavam de Vesta.