História

Hades

Hades era um dos deuses mais tradicionais de toda a mitologia grega, conhecido como senhor do submundo, local para onde iam as almas dos mortos para os gregos.

Hades era o senhor do submundo para os gregos na Antiguidade.

Hades era uma divindade dos gregos na Antiguidade, considerado o deus do submundo, sendo o senhor desse domínio e o responsável por deixar que as almas dos mortos não retornassem ao mundo dos vivos. Ele se estabeleceu como tal depois que os deuses gregos venceram duas guerras, uma contra os titãs e outra contra os gigantes.

Ele não era muito mencionado nos mitos, mas o mito em que ele sequestrou Perséfone, deusa da agricultura, para que ela se casasse com ele é um dos mais conhecidos de toda a mitologia grega. Os gregos temiam pronunciar o nome de Hades e usavam epítetos para se referir a ele. Além disso, existia um oráculo de Hades na Grécia.

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Resumo sobre Hades

  • Hades era o deus do submundo para os gregos antigos.

  • Ele era responsável por evitar que os mortos retornassem ao mundo dos vivos.

  • Contava com a ajuda de Cérbero, um cão de três cabeças, para impedir que os mortos abandonassem o submundo.

  • Era filho de Cronos e Reia e irmão de Zeus.

  • Sequestrou Perséfone e fez dela a sua esposa e rainha do submundo.

Hades, o deus do submundo

Hades era uma divindade dos mitos e da religiosidade dos gregos na Antiguidade. Ele era conhecido como o deus do submundo, o local para onde as almas das pessoas iam após a morte. Sua função era impedir que a alma dos mortos retornasse para o mundo dos vivos.

Para isso, ele contava com a ajuda de Cérbero, um cão conhecido por possuir três cabeças. Os gregos temiam Hades, evitando mencionar o seu nome e usando epítetos para se referir a ele. Hades geralmente era representando como um homem mais velho e com uma barba espessa.

Era considerado muito rico, pois em seu reino ficavam as riquezas minerais que abasteciam a Terra. Também era conhecido pelo poder da invisibilidade, possível graças a um presente que ele recebeu de Hefesto: um elmo. Quando Hades usava esse objeto, ele ficava invisível aos olhos humanos, sendo que seu elmo aparece em outros mitos gregos, como o da Medusa.

Origens de Hades

Os mitos gregos narram que Hades era filho de Cronos e Reia e que foi devorado pelo seu pai assim que nasceu. Cronos fazia isso porque temia que algum de seus filhos se rebelasse contra ele e o tirasse de sua posição de poder. Eventualmente, Reia garantiu que Zeus não fosse devorado por Cronos e fez com que ele crescesse em segurança.

Quando adulto, Zeus retornou e fez Cronos vomitar todos aqueles que havia devorado. Assim, Hades, Poseidon, Deméter, Héstia e Hera conseguiram se libertar do ventre de Cronos, o que deu início a uma guerra dos deuses gregos contra os titãs. Após vencerem essa guerra, os deuses gregos lutaram contra os gigantes e também venceram.

Depois disso, Zeus, Poseidon e Hades dividiram reinos entre si, sendo que Hades recebeu o submundo e se tornou o senhor desse domínio. Hades se estabeleceu no submundo, onde residia permanentemente, razão pela qual não é considerado um deus olímpico, pois não morava no Monte Olimpo.

Hades na mitologia grega

Hades não é um deus mencionado nos mitos gregos com frequência. Ele foi citado no mito especificado acima, que envolve Zeus, Cronos e a guerra contra os titãs, e também em um dos mitos mais tradicionais da cultura dos gregos antigos: o sequestro de Perséfone.

Nesse mito, Hades foi atingido por uma flecha lançada por Eros, filho de Afrodite e deus do amor, e acabou se apaixonando por Perséfone, deusa da agricultura e da vegetação. Isso aconteceu quando Perséfone colhia flores em uma pradaria na Sicília. Hades decidiu sequestrá-la na ocasião e levá-la para o submundo.

Versões desse mito contam que o sequestro de Perséfone por Hades teria acontecido com a permissão de Zeus. De qualquer forma, Hades levou Perséfone para o submundo com o objetivo de torná-la sua esposa. O sequestro de Perséfone afetou profundamente a mãe dessa deusa, Deméter, também conhecida como deusa da agricultura.

Um acordo foi realizado por Hades e Deméter, e Perséfone passava uma parte do ano com seu marido e outra parte do ano com sua mãe. Os gregos utilizaram esse mito para explicar as estações do ano, uma vez que quando Deméter ficava longe de sua filha, ela se entristecia de tal forma que isso afetava as plantas, sendo que o seu período de tristeza correspondia ao outono e inverno.

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Hades na religiosidade dos gregos

O culto a Hades estava disseminado pela Grécia, mas, como citado, os gregos evitavam mencionar o seu nome porque temiam sua fúria, já que ele era conhecido como um deus sem misericórdia. Existiam templos para Hades em locais como Olímpia e Pilos. Hades também estava presente na religiosidade dos romanos, sendo chamado por estes de Plutão.

Os gregos acreditavam que os mortos iam para o submundo, e suas almas eram conduzidas até os rios que separavam o submundo do mundo dos vivos por Hermes. Nesse ponto, elas atravessavam o rio com a ajuda do barqueiro Caronte, desde que tivessem uma moeda para pagá-lo. Os ritos funerários dos gregos incluíam a colocação de uma moeda no corpo dos mortos com a finalidade de pagar o barqueiro na vida após a morte.

Chegando no submundo, Hades e Cérbero garantiam que essas almas não retornariam para o mundo dos vivos. Posteriormente, os mortos eram julgados por suas ações em vida, sendo condenados ao sofrimento eterno no Tártaro ou ao deleite eterno nos Campos Elísios.

Existia um oráculo na Grécia Antiga que procurava fazer a comunicação dos vivos com aqueles que haviam morrido e estavam no submundo. Esse oráculo era conhecido como Nekromanteion de Aqueronte. Nesse local também eram realizados rituais de previsão do futuro por meio desse contato com os mortos.

Por Daniel Neves Silva

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