Dez pragas do Egito
As dez pragas do Egito são uma narrativa bíblica que menciona as pragas enviadas por Deus para punir os egípcios. Os historiadores consideram essa narrativa um mito.
As dez pragas do Egito são uma narrativa bíblica que menciona dez pragas que teriam sido enviadas por Deus para punir os egípcios na Antiguidade. Essas pragas aconteceram porque o faraó, Ramsés II, estava se recusando a dar a liberdade aos hebreus e permitir que eles retornassem para sua terra, Canaã.
Os historiadores entendem que essa narrativa não tem comprovação factual, sendo, portanto, um mito. No entanto, alguns pesquisadores apontam que grandes tragédias podem ter acontecido no Egito por conta de uma grande erupção vulcânica que aconteceu em uma ilha grega por volta de 1600 a.C.
Leia também: Quem são os 12 principais deuses gregos?
Resumo sobre as dez pragas do Egito
-
As dez pragas são uma narrativa bíblica que é encontrada no livro de Êxodo.
-
Essa narrativa menciona a história de dez pragas que foram enviadas por Deus para castigar o Egito.
-
Essas punições aconteceram porque os hebreus eram escravos no Egito e não eram libertos pelo faraó Ramsés II.
-
Ao final da décima praga, os hebreus teriam recebido autorização do faraó para ir embora.
-
Os historiadores consideram que essa narrativa é um mito.
Dez pragas do Egito na Bíblia
A Bíblia é o livro sagrado do cristianismo. Ela é repleta de histórias que tratam de Deus, de Jesus e da história dos hebreus, povo escolhido por Deus, segundo a narrativa cristã. Uma dessas histórias trata da libertação dos hebreus (também chamados de israelitas) da escravidão no Egito Antigo e é mencionada no livro de Êxodo.
História das dez pragas do Egito
O texto bíblico conta que Deus queria libertar os hebreus da escravidão para levá-los a Canaã, onde eles poderiam adorá-lo. Essa narrativa conta que os egípcios, governados por Ramsés II, negavam-se a dar a liberdade para os hebreus, e, por isso, Deus enviou dez pragas com o intuito de castigar o Egito.
As dez pragas foram enviadas por Deus por intermédio de Moisés, escolhido para comunicar o faraó a respeito do desejo de Deus de que os hebreus fossem libertos da escravidão. A narrativa bíblica conta que a cada praga enviada por Deus, o faraó era convencido a dar a liberdade aos hebreus, mas ele mudava de opinião assim que a praga era encerrada.
A que cada vez que o faraó se recusava a ceder aos pedidos de Deus, uma nova praga era enviada. Os cristãos entendem que essa narrativa também é uma demonstração de Deus para mostrar sua superioridade em relação aos deuses egípcios, já que o texto bíblico sugere em algumas passagens que os sacerdotes egípcios não conseguiam replicar as pragas enviadas por Deus.
Veja também: Como era a religião no Egito Antigo?
Lista das dez pragas do Egito
O texto bíblico nos conta que as dez pragas foram estas listadas abaixo:
-
Água transformada em sangue: o relato bíblico conta que as águas do rio Nilo foram transformadas em sangue, e os seres que habitavam o rio morreram.
-
Rãs: nessa praga, um grande número de rãs abandonou as regiões alagadiças e invadiram a casa das pessoas no Egito.
-
Piolhos: os egípcios passaram a sofrer com uma grande infestação de piolhos, o que causou inúmeros transtornos. Os animais dos egípcios também foram atingidos por essa praga.
-
Moscas: um enxame de moscas surgiu no Egito, causando muitos incômodos às pessoas. A quantidade de moscas era tão elevada que o céu ficava coberto pelo enxame. Essa praga trouxe transtornos apenas para os egípcios.
-
Peste e morte dos animais: na quinta praga, uma terrível peste se espalhou pelo rebanho egípcio, fazendo com que os animais adoecessem e muitos morressem. Essa praga afetou apenas o rebanho egípcio, pois a narrativa menciona que os rebanhos dos hebreus permaneceram ilesos.
-
Feridas no corpo: na sexta praga, todos os egípcios foram afetados por grandes e dolorosas feridas. Os hebreus não sofreram nenhum mal, enquanto os egípcios sofriam com a praga.
-
Chuva de granizo: essa praga causou muitas más interpretações, mas o entendimento atual é que nessa praga, grandes pedras de gelo caíram do céu durante enormes tempestades. Essas pedras teriam matado pessoas e destruído parte das plantações egípcias.
-
Gafanhotos: o Egito foi tomado por um grande enxame de gafanhotos que invadiram as casas e as plantações egípcias. Os gafanhotos destruíram as plantações.
-
Escuridão: o Egito foi atingido por uma forte escuridão que se estendeu por três dias. A escuridão era tão profunda que as pessoas não conseguiam enxergar umas às outras.
-
Morte dos primogênitos: na última praga, Deus teria enviado o anjo da morte para o Egito para que todos os primogênitos fossem mortos. Nessa praga, todos os primogênitos entre humanos e animais foram mortos. Os hebreus passaram ilesos dessa praga porque celebraram a primeira Páscoa e seguiram as instruções dadas por Moisés.
Consequências das dez pragas do Egito
O relato bíblico conta que depois da última praga, o faraó teria autorizado os hebreus a abandonarem o Egito e retornarem para Canaã. O faraó teria ordenado que os hebreus levassem tudo que possuíam, incluindo os seus animais. Esse episódio deu início à saga dos hebreus em seu retorno à terra prometida.
Saiba mais: Páscoa — como a história da libertação dos hebreus deu origem a essa celebração
Dez pragas do Egito: mito ou verdade?
A historiografia não tem nenhuma comprovação de que os acontecimentos descritos nessa história bíblica sejam reais. Portanto, a opinião vigente entre os historiadores é de que as dez pragas do Egito são, na verdade, uma narrativa mítica que fazia parte da cultura oral dos hebreus.
Isso não significa que não existam pesquisadores que procuram encontrar alguma veracidade na narrativa das dez pragas do Egito. Muitos se dedicam durante anos para tentar entender essa narrativa e encontrar alguma evidência que a comprove.
Alguns pesquisadores teorizam que uma erupção vulcânica em uma ilha grega, por volta de 1600 a.C., teria sido o evento que causou tantas tragédias sucessivas no Egito. Essa hipótese afirma que apesar da distância, essa erupção vulcânica tenha sido responsável por uma série de efeitos colaterais que causaram algumas tragédias no Egito. Essa teoria, no entanto, não passa disso, uma teoria, pois não há comprovação da relação entre a erupção vulcânica e as pragas do Egito.