Astecas
Os astecas foram um povo mesoamericano que habitou a região central do México. Tinham como capital a cidade de Tenochtitlán, formando um grande império na região.
Os astecas foram um povo mesoamericano que habitou a região do atual México e formou um grande império a partir da conquista de povos vizinhos. Eles ficaram conhecidos por muitos feitos, entre eles, destaca-se a construção de uma grandiosa cidade: Tenochtitlán. Desenvolveram sua civilização a partir da fundação dessa cidade, em 1325.
Os astecas ficaram conhecidos por possuírem um grande conhecimento em astronomia, possuindo também uma agricultura próspera a partir da técnica das chinampas. Tornaram-se a força dominante na região por volta do século XV. O Império Asteca desapareceu depois que a região foi conquistada pelos espanhóis, em 1521.
Leia também: Incas — o povo que formou o maior império da América pré-colombiana
Resumo sobre os astecas
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Os astecas foram um povo mesoamericano que habitava a América antes da chegada dos europeus.
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Estabeleceram-se na região do Vale do México em algum momento do século XIII.
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Fundaram Tenochtitlán em 1325, tornando-se a cidade mais poderosa da região no século seguinte.
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Tinham uma agricultura próspera e um exército numeroso e exigiam impostos dos povos subjugados.
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Foram derrotados pelos espanhóis, liderados por Hernán Cortés, em 1521.
Quem foram os astecas?
Os astecas foram uma civilização mesoamericana que se desenvolveu no Vale do México, onde atualmente está localizada a Cidade do México. Essa civilização desenvolveu-se de 1325, quando a cidade de Tenochtitlán foi fundada, até 1521, quando o Império Asteca foi derrotado pelos conquistadores europeus.
Os astecas formaram um grande civilização que dominou a região central do México, estabelecendo um grande império, que dominava outros povos e cobrava-lhes impostos. Esse povo mesoamericano possuía grandes conhecimentos, como em astronomia, e conseguiam produzir itens agrícolas em ilhas flutuantes.
Os astecas tornaram-se dominantes na região central do México em meados do século XV, mas iniciaram sua decadência em 1519, ano em que os espanhóis liderados por Hernán Cortez chegaram na região. O último governante asteca foi Cuauhtémoc.
Características dos astecas
→ Economia dos astecas
A economia asteca girava em torno da agricultura, com os astecas possuindo um bom rendimento do que produziam. Os astecas lidavam com um problema de falta de terras disponíveis para a agricultura, uma vez que a cidade de Tenochtitlán era uma ilha localizada em um grande lago. Por isso, os astecas desenvolveram uma técnica chamada chinampas.
As chinampas eram ilhas artificiais que flutuavam nos canais do lago Texcoco. Essas ilhas eram construídas com material orgânico retirado do fundo do lago, e, a partir delas, os astecas produziam diversos itens, como tomates, pimentas, feijões e, principalmente, milho. Além disso, a economia asteca também beneficiava-se dos impostos que cobravam das cidades que eram tuteladas por eles.
→ Religião dos astecas
Os astecas eram politeístas, possuindo uma religião que era formada por diferentes deuses. Havia diversos elementos e divindades na religião asteca de outras religiões mesoamericanas, como a dos maias. Um símbolo dessa influência maia é o deus asteca Quetzacoatl, que, para os maias, era conhecido como Kukulkán.
O deus mais importante da religiosidade asteca era Tezcatlipoca, mas outros deuses também eram cultuados, como Huitzilipochtli, Tlaloc etc. Um ponto muito importante da religiosidade asteca eram os sacrifícios humanos, realizados de maneira frequente como meio de agradar os deuses e de manter o sol brilhando.
Os astecas realizam os sacrifícios a partir da retirada do coração do humano sacrificado, que, em geral, eram os prisioneiros capturados de outros povos. Os historiadores acreditam que essa prática tenha sido transmitida aos astecas por meio dos toltecas. Os astecas, inclusive, possuíam um mito de origem que traziam o deus Quetzacoatl promovendo sua autoimolação.
→ Cultura dos astecas
A cultura asteca era fortemente baseada em um conceito chamado de teotl, que consistia em uma ligação do seres terreno com as seres do mundo espiritual. Todas as coisas existentes emanavam teotl na cultura asteca.
Os sacerdotes, figuras astecas responsáveis pela religião, detinham enorme conhecimento astronômico, com esse conhecimento possuindo uma importante finalidade. Os astecas, a partir desse conhecimento astronômico, criaram dois calendários, sendo que um deles era utilizado no cotidiano, sendo chamado de ziuhpohualli, enquanto o outro tinha uma importância religiosa, sendo chamado de tonalpohualli.
Além disso, a cultura asteca valorizava o artesanato, possuindo cerâmicas, mosaicos, pinturas, esculturas, entre outros.
→ Sociedade dos astecas
A sociedade asteca era hierarquizada, possuindo classes sociais muito bem definidas e sendo formada por uma população que alcançou cerca de 11 milhões de pessoas. Os grupos que formavam a sociedade asteca eram os seguintes:
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Imperador: chamado de Huey Tlatoani, era a autoridade máxima asteca e considerado um representante dos deuses.
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Nobreza: ocupavam-se, em grande parte, de assuntos relacionados à administração do império.
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Homens comuns: chamados de macehualtin, poderiam tornar-se nobres se realizassem alguma função de maneira destacada.
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Escravos: na sociedade astecas, os escravos eram pessoas endividadas ou prisioneiros de guerra.
Veja também: Maias — o povo que formou uma das maiores civilizações da América pré-colombiana
Localização dos astecas
Os astecas desenvolveram a sua civilização na Mesoamérica, especificamente em uma região central do México conhecida como Vale do México. O local onde os astecas desenvolveram sua civilização é o local onde hoje está construída a Cidade do México, capital do país. Além disso, as terras habitadas pelos astecas ficavam nos arredores do Lago Texcoco, um grande lago que existia naquela região, mas que não existe mais.
Origem dos astecas
Os astecas começaram a desenvolver sua civilização no século XII, mas acredita-se que são derivados dos povos mexicas. Os astecas separaram-se dos mexicas e chegaram no Vale do México em pequenos grupos migratórios. Um marco na história da formação do Império Asteca foi a fundação da cidade de Tenochtitlán, em 1325.
Os astecas possuíam lendas que afirmavam que eles haviam migrado de uma região chamada Aztlán. Além disso, o estabelecimento dos astecas no local onde foi construída sua capital deu-se porque os sacerdotes avistaram o que foi entendido por eles como presságio: uma águia devorando uma cobra em cima de um cacto.
Após sua fundação, Tenochtitlán passou por um notável crescimento, o qual permitiu que a cidade a desenvolvesse uma força militar considerável. Em um primeiro momento, Tenochititlán era aliada de outras duas cidades: Texcoco e Tlacopan. A aliança entre as três cidades é conhecida como Tríplice Aliança.
No entanto, os astecas não possuíam muito autonomia, estando submetidos ao controle de Azcapotzalco, cidade dos tepanecas. Em 1428, as três cidades que formavam a Tríplice Aliança rebelaram-se contra os tepanecas, derrotando a cidade de Azcapotzalco. A partir daí, os astecas tiveram caminho livre para estabelecer-se como a força dominante na região.
Decadência dos astecas
A decadência asteca passa diretamente pela chegada dos espanhóis na região, em 1519. Os espanhóis chegaram nas terras astecas por meio da expedição de Hernán Cortés. Eles chegaram na região no momento em que os astecas eram governados por Montezuma II, na situa ção em que o Império Asteca estava abalado por algumas rebeliões.
Os espanhóis chegaram com o intuito de conquistar as terras, estabelecendo-se como novos dominadores. A estratégia usada por Cortés foi aliar-se com os tlaxcaltecas, formando um grande exército para derrotar os astecas. Em 1521, Cortés liderou o ataque que permitiu que os espanhóis a conquistassem Tenochtitlán. Posteriormente, os espanhóis estenderam o seu domínio para outras regiões vizinhas.
Legado dos astecas
Os astecas foram vítimas da violência colonizadora dos espanhóis, mas deixaram um legado importante, sobretudo para a cultura mexicana.
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Eles são símbolo de identidade nacional para os mexicanos.
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Existem diversos sítios arqueológicos que recontam uma parte do estilo de vida asteca.
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O vocabulário mexicano é fortemente influenciado por palavras em náutle, o idioma falado pelos astecas.
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A culinária mexicana é fortemente influenciada pelos hábitos culinários dos astecas.
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A arte e o artesanato do México possuem diversos símbolos que são diretamente relacionados aos astecas.
Exercícios resolvidos sobre os astecas
Questão 1
Além dos astecas, outros povos entendidos como mesoamericanos foram:
A) os toltecas.
B) os zapotecas.
C) os olmecas.
D) os maias.
E) os povos de todas as alternativas acima.
Resolução:
Alternativa E.
Todos os povos mencionados eram povos mesoamericanos, vivendo nos territórios de países como México, Guatemala e Belize. Possuíam modos de vida com algumas semelhanças, embora nem todos os povos mencionados tenham coexistido.
Questão 2
A respeito da conquista dos astecas pelos espanhóis, selecione a alternativa INCORRETA.
A) Os espanhóis aliaram-se com povos inimigos dos astecas, como os tlaxcaltecas.
B) Os espanhóis chegaram em território asteca em um momento de vulnerabilidade.
C) Os espanhóis aproveitaram-se do fator biológico para superar os astecas.
D) Os astecas estavam em guerra civil entre Huáscar e Atahualpa, filhos de Montezuma II.
E) As armas e as técnicas de guerra superiores foram fatores que pesaram em favor dos espanhóis.
Resolução:
Alternativa D.
Quando os espanhóis chegaram nas terras astecas, eles estavam, de fato, em um momento de vulnerabilidade por conta de diversas revoltas dos povos subjugados pelos astecas. Entretanto, não havia guerra civil entre Huáscar e Atahualpa, pois ambos eram incas e travaram uma guerra para disputar o trono inca e não o asteca.
Créditos de imagem
[1] Aldan-2 / Wikimedia Commons (reprodução)
[2] Wikimedia Commons (reprodução)
[3] Chaccard / Wikimedia Commons (reprodução)
[4] Viciado04 / Wikimedia Commons (reprodução)
Fontes
CARTWRIGHT, Mark. Aztec Civilization. Disponível em: https://www.worldhistory.org/Aztec_Civilization/.
SAUNDERS, Nicholas J. Américas Antigas: as grandes civilizações. São Paulo: Madras, 2005.