Arte egípcia
A arte egípcia era produzida pelo povo do Egito Antigo com a finalidade de manter a harmonia do Universo. Essa arte sofreu influência de diferentes povos da Antiguidade.
A arte egípcia é a arte que foi produzida durante toda a história do Egito Antigo. As primeiras manifestações artísticas dos egípcios remontam ao Período Pré-Dinástico e foram sofrendo modificações ao longo dos milênios. A arte egípcia sofre influência de núbios, gregos, romanos, entre outras culturas.
Os egípcios não entendiam a sua arte como algo a ser realizado apenas para cumprir uma satisfação estética. Eles a realizavam porque ela cumpria uma finalidade que poderia ser religiosa, ideológica ou cosmológica. Entre as grandes manifestações da arte egípcia estão pinturas, máscaras mortuárias, peças em cerâmica e, claro, as pirâmides.
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Resumo sobre arte egípcia
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Os egípcios realizavam sua arte sempre no intuito de que ela cumprisse uma finalidade religiosa, ideológica ou cosmológica.
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Entre as manifestações artísticas egípcias estão pinturas em tumbas, pequenas esculturas, estátuas, templos, pirâmides etc.
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A arte egípcia sofreu influência de diversos povos da Antiguidade, como gregos e romanos.
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A arte egípcia procurava ser simétrica, como forma de sustentar a harmonia do Universo.
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As pirâmides são grandes criações da arte egípcia.
O que era arte para os egípcios?
Para os egípcios, a arte era criada apenas para finalidades e funcionalidades relevantes para a visão de mundo deles. Essa noção se difere da noção atual de arte, pois entendemos atualmente que arte é a prática por meio da qual a humanidade se expressa estética e comunicativamente, usando-a como escape para expressar sentimentos, com liberdade à capacidade criativa de criar algo considerado belo — portanto, naturalmente, a arte pode ser utilizada como forma de uma pessoa obter seu sustento.
Por sua vez, os egípcios possuíam senso de estética específico para considerar o que era uma arte considerada bela, e esse senso poderia ser usado para guiá-los nas suas expressões artísticas. Entretanto, a arte egípcia não era guiada pela ideia de “arte pela arte”, isto é, pelo desejo do artista de produzir algo visando apenas à própria satisfação.
A arte egípcia era criada de acordo com uma finalidade, e todas as manifestações artísticas — fossem elas textos escritos, pinturas, esculturas, templos, entre outras — cumpriam uma função. Assim, essa arte se guiava pela sua funcionalidade, sobretudo funcionalidade religiosa, ideológica e cosmológica. Dessa forma, a arte egípcia era produzida apenas quando encomendada.
Essa arte reproduzia os valores da elite, pois era a classe que a solicitava a criação de obras artísticas no Egito, as quais eram produzidas pensando em um conceito muito importante para a cosmologia egípcia. Esse conceito é ma’at, que traduz uma ideia de manutenção da harmonia do Universo. A arte não fugia disso e era produzida de forma a preservar essa harmonia.
Principais destaques da arte egípcia
A história egípcia teve início no Período Pré-Dinástico, que remonta a 6000 a.C., e se estendeu até 3150 a.C. Assim, as primeiras expressões artísticas do Egito Antigo abrangem esse período. Essa arte se manifestou por meio de pinturas em rochas ou pinturas em peças de cerâmica. A partir de então, a arte egípcia passou por inúmeras transformações, sofrendo influência de diferentes povos da Antiguidade.
Durante o Antigo Império (2613 a.C. - 2181 a.C.), os historiadores identificaram uma espécie de padronização na arte egípcia, produzida para atender os ideais estéticos da capital, Mênfis. Os historiadores identificaram muitas semelhanças nas obras de arte do período, mas os maiores destaques desse período são as pirâmides egípcias. É nesse período, inclusive, que foram construídas as pirâmides de Gizé.
Durante o Médio Império (2040 a.C - 1782 a.C.), os historiadores e especialistas na arte egípcia entendem que houve uma mudança no estilo das obras criadas, tornando-se mais criativas. Além disso, a arte egípcia passou a representar elementos das classes mais baixas da sociedade, o que não acontecia até então. É um período também de grandes obras arquitetônicas, como templos e estátuas, por exemplo.
Do Novo Império (1570-1069 a.C.), o maior destaque é a máscara mortuária de Tutancâmon, faraó egípcio que morreu em circunstâncias misteriosas por volta de 18 anos de idade. O reinado dele não foi significativo, mas a qualidade dos itens e a preservação da tumba dele, encontrada em 1922, deram popularidade a esse faraó. O busto de Nefertiti também é uma obra importante desse período.
Ao longo desses e de muitos outros períodos da história egípcia, a arte do Egito Antigo sofreu fortes influências de diferentes povos vizinhos e de povos que conquistaram os territórios egípcios temporariamente. A arte egípcia sofreu influência de povos como os hicsos, núbios, gregos, romanos, entre outros.
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Pirâmides egípcias
A arquitetura egípcia é um dos grandes destaques quando o assunto é arte. Esse povo ficou marcado por grandes construções, como templos suntuosos, estátuas magníficas, obeliscos e, claro, pela grandiosidade das pirâmides. O conhecimento arquitetônico dos egípcios foi se modificando à medida que esse povo adquiria conhecimento.
As primeiras construções egípcias eram realizadas em tijolos de argila. Com o passar dos milênios, os egípcios tornaram-se capazes de construir gigantescas pirâmides, com blocos de pedra que pesam toneladas. As pirâmides eram tumbas construídas para abrigar os corpos de faraós que faleciam, mas as primeiras tumbas egípcias foram construídas durante o Período Pré-Dinástico, sendo chamadas de mastabas.
As pirâmides mais famosas do Egito são as pirâmides de Gizé, um conjunto de três pirâmides construídas para os faraós Quéops, Quéfren e Miquerinos. As três estão localizadas nos arredores da cidade de Cairo, capital do Egito. Dessas três, a maior delas é a Grande Pirâmide de Gizé, a pirâmide de Quéops que possui 142 metros de altura.
Os historiadores ainda não têm certeza sobre como os egípcios foram capazes de construir pirâmides dessa dimensão. De qualquer forma, a Grande Pirâmide de Gizé foi considerada uma das sete maravilhas do mundo antigo, a única ainda existente. É considerada um patrimônio cultural da humanidade.
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[1] Irina Kononova / Shutterstock