Ciências

Camuflagem

A camuflagem permite que os organismos se tornem imperceptíveis no meio em que vivem. O bicho-pau é um animal que exerce muito bem a camuflagem.

Graças à capacidade de camuflagem, alguns organismos se tornam praticamente invisíveis no ambiente em que vivem.

 Camuflagem é um termo utilizado para fazer referência à capacidade que os indivíduos de algumas espécies possuem de se tornarem praticamente invisíveis no meio em que vivem devido à semelhança de seus corpos com o ambiente em que estão inseridos.

De forma distinta do que muitos pensam, as cores e características dos corpos de seres vivos não surgiram da necessidade desses organismos de se esconderem. Essa capacidade é resultado da seleção natural, a qual atuou garantindo que essa importante característica fosse passada de geração a geração.

A camuflagem é uma característica muito vantajosa para os seres vivos que a possuem. Isso se deve ao fato de que, ao se camuflar, um organismo pode tornar-se imperceptível para seus predadores e até mesmo para suas presas.

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Resumo sobre camuflagem

  • Camuflagem é a habilidade que alguns seres vivos apresentam de se tornarem praticamente invisíveis no ambiente em que estão.

  • Pode ser conseguida devido à semelhança do corpo com o ambiente ou devido às cores que esse organismo apresenta.

  • Alguns autores consideram a camuflagem um conceito distinto de mimetismo. O mimetismo se trata de uma adaptação por meio da qual um organismo imita outro.

  • Outros autores consideram a camuflagem um tipo de mimetismo.

O que é camuflagem?

Camuflagem, em Biologia, é um termo usado para fazer referência à adaptação evolutiva por meio da qual um organismo consegue atingir grandes níveis de “invisibilidade” no ambiente em que está inserido por causa do aspecto geral de seu corpo. A camuflagem pode ocorrer devido à presença de características que conferem ao animal a mesma forma ou a mesma cor do ambiente.

Tipos de camuflagem

Existem dois tipos de camuflagem: a homocromia e a homomorfia. Ocorre homocromia quando o organismo apresenta a mesma cor do ambiente em que está inserido. Alguns mamíferos que vivem na neve, por exemplo, apresentam pelos brancos, os quais fazem com que esses animais sejam confundidos com o ambiente. Outro exemplo são as mariposas que possuem coloração que as tornam imperceptíveis nos troncos de árvores.

A homomorfia, também chamada de homotipia, por sua vez, é observada quando o organismo apresenta uma forma corporal semelhante ao ambiente. Um exemplo bastante conhecido é o do bicho-pau, que apresenta um formato que lembra um galho da árvore.

O bicho-pau apresenta um formato corporal que lembra um galho de árvore.

A camuflagem é intencional?

Diferentemente do que muitos pensam, a camuflagem não ocorre de maneira intencional, ou seja, um ser vivo não se modifica com a finalidade de se esconder no meio em que vive. A capacidade de camuflagem é resultado do processo de seleção natural.

A seleção natural é um processo que promove a seleção dos organismos mais aptos a viverem em um determinado ambiente. Um organismo com capacidade de se camuflar no meio em que vive apresenta uma chance menor de ser predado do que aqueles facilmente avistados. Além disso, a camuflagem, em algumas situações, é utilizada pelo indivíduo para se aproximar, sem ser visto, de suas presas, garantindo um golpe certeiro e eficaz.

A camuflagem é resultado da seleção natural e se trata de uma adaptação que favorece a sobrevivência de diversos organismos.

A camuflagem é, portanto, uma característica vantajosa e que garante maior chance de sobrevivência para diferentes organismos. É devido a isso que essa característica foi selecionada em diferentes grupos de seres vivos.

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Diferença entre camuflagem e mimetismo

Camuflagem, como destacado ao longo do texto, é a capacidade que o organismo apresenta de ser confundido com o ambiente em que está inserido, seja devido ao aspecto do seu corpo ou devido à sua cor. Mimetismo, por sua vez, é definido como uma semelhança existente entre indivíduos de espécies diferentes que faz com que um observador seja incapaz de diferenciá-las rapidamente.

O mimetismo pode ser exemplificado pela observação da falsa-coral e da coral-verdadeira. As duas espécies são bastante semelhantes, entretanto, a falsa-coral não é peçonhenta. Já a coral-verdadeira é peçonhenta e possui um veneno que pode levar o ser humano à morte. Predadores, portanto, acabam evitando as duas espécies.

Não podemos deixar de citar que o mimetismo, de acordo com alguns autores, pode ser definido como um fenômeno caracterizado por um organismo possuir a aparência de outro ou possuir características que tornam difícil percebê-lo no ambiente. Para esses autores, a camuflagem é, portanto, considerada uma forma de mimetismo. 

Por Vanessa Sardinha dos Santos

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